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Ministro ‘passa’ por Sinop e vai a Sorriso acompanhar operação Abafa Amazônia; Mauro não polemiza com Bolsonaro

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Só Notícias/Editoria com Cleber Romero/Marco Stamm (fotos: Rafael Sousa/Mayke Toscano/assessoria - atualizada 19h29)

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, chegou a Sinop, esta tarde, em avião da FAB, vindo da Bahia onde cumpriu compromissos oficiais e seguiu a Sorriso, de helicóptero, para acompanhar o início da Operação Abafa Amazônia, que busca reduzir queimadas e crimes ambientais em diversos municípios na região Norte como Sorriso, Sinop, Vera, Feliz Natal, Nova Ubiratã e Claudia. Salles reconheceu o bom trabalho feito pela primeira base aérea de combate a incêndios florestais. “Muito bem estruturada e precisa expandir isso aqui para toda a Amazônia. Nós viemos aqui fazer uma verificação importante do que está acontecendo com as queimadas. É esse o trabalho que nós vamos fazer. Questões políticas nós precisamos discutir em outro momento. Está claro que temos bastante trabalho para fazer. É um trabalho permanente que até o fim do período seco não para”.

Segundo o ministro, a suspensão dos repasses de R$ 133 milhões dos países Europeus, que seriam destinados ao ‘Fundo Amazônia’ só ocorreu para se discutir as regras de aplicação do recurso. “Não houve cortes. Na verdade foi um suspensão enquanto se discute a regra do fundo, que é importante ser discutida para se colocar os recursos como em projetos iguais a esses (base aérea de combate a incêndios florestais de Sorriso), que tem resultados e não desperdiçar dinheiro muitas vezes em coisas que não tem explicação”.

A operação, com base no Ciopaer em Sorriso, busca intensificar as ações fiscalizatórias e com punições (multas) para donos de áreas onde há queimadas. Até 15 setembro é proibido uso de fogo para ‘limpeza’ de áreas. Na operação feita ano passado foram aplicados mais R$ 60 milhões em multas.

Dos 979.218 focos de queimadas, desde janeiro, 178.860 foram em Mato Grosso, o que corresponde a 18%, incluindo parte do período chuvoso no começo do ano, quando não são registradas queimadas.

Colniza é a cidade que mais registra focos em Mato Grosso, com 9,9% do total. É seguida por Aripuanã (5,6%), Feliz Natal (4,2%), Juara (2,8%), Rondolândia (2,7%), Nova Bandeirantes (2,7%), Apiacás (2,5%), Paranatinga (2,5%), União do Sul (2,5%) e Santa Carmem (2,4%). Em Cuiabá, onde o céu está tomado por fumaça, os satélites captaram 0,3% dos focos de queimada, a mesma quantia de Sorriso.

De Sorriso, onde foi recebido pelo prefeito Ari Lafin, o presidente da câmara, Claudio Oliveira, o deputado Xuxu Dalmolin e demais lideranças, ele seguiu a Cuiabá e se reuniu com o governador Mauro Mendes para tratar de questões ligadas ao combate a queimadas e demais assuntos ligadas ao meio ambiente. Eles se reuniram no hangar do Ciopaer no aeroporto Marechal Rondon. Na capital ele disse que as equipes também priorizar combate a focos de queimadas em parques e áreas ambientais. “Nossa preocupação também é a área de uso comum, aquela que devemos preservar”. A estrutura no Estado é de duas aeronaves e 15 viaturas, além de outros veículos locados pela secretaria de Meio Ambiente.

O governador Mauro Mendes disse que o Estado tem feito seu papel e “inauguramos o melhor sistema de detectar desmate ilegal em tempo real. Na questão de queimadas, estamos combatendo os focos e depois ver a punição. Mato Grosso é o que mais produz alimentos e o que mais respeita o ambiente”. Mauro evitou polemizar com o presidente Bolsonaro que responsabilizou ONGs por supostamente estarem envolvidas em focos de queimadas. “Seguramente é possivelmente que tenham pessoas por trás dessas ações porque o fogo não começa de maneira espontânea. Mas se essas pessoas são cidadãos comuns, se são produtores, se estão ligados a ONGs é uma investigação que poderá levar a este resultado e o presidente, ao fazer esta afirmação ele pode ou não ter informações”, disse Mauro. “Ele é o nosso presidente, foi eleito democraticamente, tem sua dinâmica própria, diz muitas verdades de forma objetiva, é muito peculiar dele e não cabe a mim aqui fazer esse julgamento. Eu tenho minha forma de conduzir e temos que respeitar ele”.  O governador concluiu dizendo não acreditar que determinados focos de queimadas estejam sendo causados intencionalmente para prejudicar a imagem do país no exterior. “Se alguém está fazendo isso, além de um crime ambiental é um crime contra o país. É ruim sob todos aspectos. E se alguém está fazendo isso merece pena muito forte porque está jogando contra o país”.

Inicialmente, o ministro chegaria em Sinop às 12h mas houve mudança de agenda e a nova previsão seria chegar às 15h. Porém, antecipou para às 14:30h e foi recebido pela prefeita Rosana Martinelli.

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