quinta-feira, 10/julho/2025
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Ministra diz que estudos de ferrovia bioceânica cortando MT ficam prontos em menos de 2 anos

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Redação Só Notícias (foto: assessoria)

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, destacou hoje, na Câmara dos Deputados, destacou o avanço das articulações com a China para viabilizar a primeira ferrovia bioceânica da América do Sul, parte das Rotas de Integração Sul-Americana. O projeto ganhou impulso com a assinatura recente de um memorando de entendimento entre o Brasil e o China Railway Economic and Planning Research Institute, que prevê a realização de estudos conjuntos sobre o corredor ferroviário ligando os oceanos Atlântico e Pacífico.

A proposta é elaborar um estudo de viabilidade sobre a possibilidade de integração das ferrovias Oeste-Leste (Fiol), Centro-Oeste (Fico) e Norte-Sul (FNS) ao recém-inaugurado Porto de Chancay, no Peru, construído por capital chinês. O traçado da ferrovia prevê conexão a partir de Lucas do Rio Verde, passando por Rondônia e Acre até alcançar a fronteira com o Peru. Os estudos serão conduzidos pela estatal Infra S.A., vinculada ao Ministério dos Transportes, com foco em soluções multimodais e aproveitamento das obras já em execução no país.

Segundo Tebet, a expectativa brasileira era concluir os estudos de viabilidade em até dez anos, mas a proposta chinesa reduz esse prazo para menos de dois anos, o que acelera significativamente o planejamento da nova infraestrutura. “Serão de 18 a 20 meses dedicados à elaboração do projeto de viabilidade e, a partir daí, caberá ao próximo governo decidir sua implementação. Ainda assim, considero um presente que todos nós, Congresso Nacional e a política brasileira como um todo, podemos entregar ao Brasil”, explicou.

A ministra esclareceu que se trata de um memorando de intenção com custo zero para o Brasil, aproveitando a experiência chinesa em infraestrutura. Ela enfatiza que essa colaboração não está ligada à Rota da Seda e não implica dívida para o Brasil, sendo apenas um estudo executivo que não vincula o país à construção futura da ferrovia. Trata-se de uma alternativa estratégica ao canal do Panamá, reduzindo em até 10 mil quilômetros e três semanas o tempo de transporte entre o Brasil e a Ásia, especialmente para grãos, carnes, manufaturados e insumos industriais.

A China, disse Tebet, participa por ter interesse próprio em logística eficiente para suas importações. “Nós vamos ganhar esse projeto e nós não vamos ganhar porque a China é boazinha. Nós vamos ganhar porque a China tem interesse de comprar mais barato, de comprar mais rápido. Ela precisa alimentar o seu povo. A Ásia precisa alimentar seu povo. Então, se o Brasil conseguir fazer ferrovias, que é o transporte mais seguro, mais rápido, mais econômico, para ela interessa”, afirmou a ministra.

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