O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados terá mais 3 meses para investigar e concluir o relatório que pedirá a cassação ou absolvição do mandato do deputado mato-grossense Pedro Henry (PP) e dos deputados João Magno (PT-MG), João Paulo Cunha (PT-SP), José Janene (PP-PR), José Mentor (PT-SP), Josias Gomes (PT-BA), Pedro Corrêa (PP-PE), Professor Luizinho (PT-SP), Roberto Brant (PFL-MG), Vadão Gomes (PP-SP), Wanderval Santos (PL-SP) e Onyx Lorenzoni (PFL-RS).
Henry já depôs no processo em que é acusado de envolvimento no esquema do mensalão e disse desconhecer a prática e de não ter envolvimento no caso de distribuição de verba para deputados que passaram a apoiar o governo Lula. Semana passada, foi cassado o deputado petista e ex-ministro José Dirceu, acusado de chefiar o esquema enquanto era ministro da Casa Civil. Outro cassado foi Roberto Jefferson (PTB) que denunciou o esquema.
Essa prorrogação, segundo o 1º vice-presidente da Câmara, deputado José Thomaz Nonô (PFL-AL), era imprescindível para que o andamento dos processos de perda de mandato de deputados não fosse prejudicado. Isso, segundo ele, não significa que haverá convocação extraordinária da Câmara. “Ainda não existe decisão a esse respeito”, informou Nonô.
De acordo com o líder da Minoria, deputado José Carlos Aleluia (PFL-BA), a prorrogação dos trabalhos do conselho poderá causar controvérsias jurídicas.
“Não adiantará o Conselho de Ética funcionar se a Câmara estiver em recesso, pois os deputados que se sentirem prejudicados por alguma decisão não poderão recorrer à Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ)”, alertou, em entrevista à Agência Câmara.