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Medeiros defende reajuste a servidores do Judiciário

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O governo da presidente Dilma Rousseff (PT) tenta transformar os servidores do Judiciário em ‘bode expiatório’ da crise econômica do Brasil. A afirmação foi feita pelo senador José Medeiros (PPS), um dos principais defensores do Projeto de Lei da Câmara 28/2015, aprovado na Câmara e no Senado e vetado pela petista, que garante a recomposição salarial do funcionalismo público da Justiça. Para ele, se o Executivo não realizar um trabalho de convencimento da base, o veto será derrubado. 
Medeiros, que assumiu o cargo em dezembro do ano passado, após a renúncia do hoje governador Pedro Taques (PSDB) para assumir o comando de Mato Grosso, destaca que a oposição, da qual faz parte, segue coesa para impedir que a proposta, apresentada anteriormente pelo próprio Executivo, seja barrada. “Se o governo não trabalhar direito o veto cai. A oposição está unida em torno da derrubada do veto e se a base não for trabalhada teremos o apoio dela neste sentido”. O senador classifica como ‘sofismo’ a afirmação do governo de que o reajuste dos salários poderia piorar o quadro econômico do Brasil, já bastante deteriorado. “Governo parte de premissas falsas para chegar em uma suposta verdade. É bom deixar claro que não é um aumento, é recomposição de perdas inflacionárias, que o governo deveria ter feito todo ano, não fez e ficou nesse montante”. 

A proposta prevê reajuste escalonado para os servidores do Poder Judiciário. O aumento varia de 53% a 78,56%, dependendo da classe e do padrão do servidor. Paralelo à batalha pela manutenção do veto, o governo tem encampado outro projeto de reajuste dos servidores do Judiciário, com impacto de aproximadamente R$ 3 bilhões a menos em relação ao PLC 28. Para Medeiros, a mudança na postura da presidente com relação aos dois projetos ocorreu após um encontro com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, em julho deste ano. A reunião, realizada em Portugal, não constou na agenda oficial da petista. O senador afirma que a diferença entre as duas propostas é muito maior do que a financeira. “Um é taxado de pauta -bomba e o outro tem quase o mesmo impacto e não é taxado. 

A diferença é que um atende a todos os servidores e outro atende só a cúpula e os comissionados”. A polêmica da derrubada do veto, conforme o senador, fez com que a presidente Dilma colocasse em prática “o velho balcão de negócios”, acenando à bancada do PMDB na Câmara dos Deputados com dois ministérios. “Com isso a presidente fez dos servidores o bode expiatório.  O governo mente o tempo inteiro e agora tem que jogar a culpa em alguém. Essa é a tônica de um governo bagunçado, com viés ideológico, que antes tinha um projeto decente e hoje serve para sustentar a bandalheira que está aí”. 

Eleições – Convidado por vários partidos e cotado para disputar a sucessão do prefeito de Rondonópolis, seu companheiro de partido Percival Muniz, Medeiros afirma que o foco neste momento está apenas no seu mandato. “Nesse momento só estou pensando no mandato, o tabuleiro é complexo, isso toma tempo e não quero gastar energia com isso. O cenário municipal está um pouco longe, mas é certo que o partido terá candidato, seja o Percival, a Ana Carla Muniz ou outro nome. Hoje minha energia é toda gasta no Senado”. 
 

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