O Movimento de Combate a Corrupção Eleitoral (MCCE) vai entrar com uma representação contra o ex-secretário de Estado e apresentador, Éder Moraes (PMDB). A ação, segundo o presidente do MCCE, Antônio Cavalcante Filho, popularmente conhecido como Ceará, é por propaganda extemporânea, tendo em vista que Moraes é pré-candidato a deputado estadual.
Ceará disse que vai representar o apresentador junto ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e Ministério Público do Estado (MPE) “por espalhar na cidade outdoors com seu nome e marca, além de colocar equipe nos bairros distribuindo panfletos de seu programa televisivo”.
Moraes, por sua vez, se diz amparado pela Justiça e afirma que está fazendo tudo dentro do que a legislação permite. O apresentador disparou inúmeras críticas ao MCCE, em específico ao presidente. Moraes criticou que a entidade, através do Ceará ataca alguns políticos e se calam em relação a outros e insinuou parcialidade por parte do Movimento e certo interesse político. “O MCCE, através do vulgo Ceará, é um movimento parcial, mal intencionado, ladrão de consciência alheia, sobretudo com voracidade sobre algumas figuras políticas e letargia inércia sobre outras. O MCCE faz ouvidos moucos e boca cerrada sobre muitos assuntos que eles deveriam realmente representar contra”, disparou Eder.
O MCCE garante que levará a situação ao grupo integrado, criado pelo TRE, com entidades como MPE, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Mato Grosso, Polícia Federal (PF) e a ONG Moral, com intuito de fiscalizar os pré-candidatos para que este tipo de situação não ocorra. Ceará afirma que as atitudes de Eder caracterizam campanha extemporânea.
“Ele fez uma campanha massiva colocando o programa dele em outdoors, além de espalhar panfletos em vários bairros da cidade, com sua logomarca e massificando seu nome. Entendemos que isso é campanha extemporânea. Todos os anos, candidatos usam de artifícios, pois essa é uma forma estimulada de facilitar o nome dele e a marca. Criam programas massificam seus nomes, como forma de ludibriar a Justiça”, disparou.
O apresentador rebateu alegando que outros programas de televisão também usam do mesmo artifício como forma de divulgação e que tal ação não caracteriza irregularidade. Eder criticou ainda que há pré-candidatos que estão fazendo campanha pelo interior do estado e citou o senador Pedro Taques (PDT). Ele questionou porque o MCCE não aciona o pedetista, uma vez que o mesmo, segundo ele, está usando das mídias sociais para autopromoção.
“Eu estou apenas convidando a população para assistir ao programa, isso não é campanha. Pedro Taques está em plena campanha eleitoral. Ele viaja todo o estado, faz reuniões com as comunidades, com políticos da região em que visita e ainda divulga as fotos nas redes sociais. Há outros pré-candidatos que estão fazendo isso também. O Lúdio Cabral (PT), por exemplo, também já está viajando o interior, levando seu nome como pré-candidato, discutindo até vice já. Todos estão fazendo reuniões políticas e amarrações. Isso não é campanha extemporânea”, questionou.