O deputado estadual Max Russi (PSB) cobrou que o deputado Zeca Viana (PDT) divulgue os nomes dos deputados que teriam supostamente recebido propina para fraudar os relatórios finais das Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) da Cooperativa e Renúncia e Sonegação Fiscal na Assembleia instauradas em 2014 e 2016, respectivamente. Zeca disse que os deputados de ambas as comissões receberam propina “para esconder os dados, fraudar os laudos e o relatório final e proteger um ou dois megaempresários do agro deste Estado”.
Max, que estava na CPI da Renúncia, disse que “ele tem que dar nomes aos bois, né. Pedir pra ele quem são os nomes. É fácil falar genérico”, cobrou. “Ele tá indo embora né (referindo-se ao fato de Zeca não ter sido reeleito). Fácil isso. Só acho que tem que falar nomes. Daí sim é uma denúncia. E fazer a denúncia aos órgãos de controle. Senão está prevaricando”, afirmou.
Max acrescentou que o relatório da CPI apurou mais de um bilhão de sonegação e que o relatório final apontou que o total de R$ 1,781 bilhão sonegados por empresas e cooperativas beneficiadas em programas de incentivos fiscais, entre 2011 e 2014. Max Russi disse ainda que todo o trabalho desenvolvido foi encaminhado aos órgãos de controle.
Além dele fizeram parte da comissão os deputados Wilson Santos (PSDB) e Gilmar Fabris (PSDB) e também os ex-deputados Zé do Pátio (SD) e Emanuel Pinheiro (MDB), atualmente prefeitos de Rondonópolis e Cuiabá, respectivamente. A única pessoa que Zeca Viana “excluiu” da suposta propina foi Wilson Santos, que o questionou no momento em que ele fez a acusação, na tribuna da Assembleia.
Além dos membros da CPI da Renúncia, foram acusados os ex-deputados José Riva, Alexandre César (PT), Jota Barreto (PR), Emanuel Pinheiro e o atual deputado Dilmar Dal’Bosco (DEM), que fizeram parte da CPI das Cooperativas.
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