A vitória maiúscula do governador eleito Mauro Mendes (DEM) nas urnas, com 58% dos votos válidos, não se refletiu no resultado da Assembleia Legislativa. Dos candidatos a deputado estadual pela sua coligação, nove foram eleitos e não representam maioria na Casa de Leis. Do time do senador Wellington Fagundes (PR) sete candidatos entraram e o governador Pedro Taques, que terminou em terceiro lugar, conseguiu fazer oito cadeiras.
Os futuros deputados que devem compor a base de sustentação de Mauro Mendes são Janaína Riva (MDB), Nininho (PSD), Eduardo Botelho (DEM), Dilmar Dal Bosco (DEM), Sebastião Rezende (PSC), Xuxu Dal Molin (PSC), Doutor João (MDB), Thiago Silva (MDB) e Alan Kardec (PTD).
Na coligação de Fagundes os eleitos foram Ludio Cabral (PT), Valdir Barranco (PT), Valmir Moretto (PRB), Faissal (PV), Amilton Gimenez (PV), Paulo Araújo (PP) e João Batista (PROS).
Que apoiaram Taques se elegeram Max Russi (PSB), Delegado Claudinei (PSL), Guilherme Maluf (PSDB), Elizeu Nascimento (DC), Ulisses Moraes (DC), Wilson Santos (PSDB), José Eugênio (PSB) e Sílvio Favero (PSL).
Mendes ainda não tem maioria na Assembleia, o que dificulta o trabalho de qualquer líder do Poder Executivo, mas o quadro pode ser revertido com relativa facilidade dependendo do apoio que o governador eleito empenhar no segundo turno.
Se pender para o lado de Jair Bolsonaro, o que parece ser provável, ele já traz imediatamente os dois deputados do PSL que estão no time de Taques, ficando com 11 deputados, e pode atrair ainda outros partidos da direita e do centrão, como DC, PP, PROS, PRB e até do PSDB de Taques. Nesta conta, Mendes arrebanharia 18 deputados para a sua base e ficaria com uma maioria confortável.
Se a opção for por Fernando Haddad, Mendes aglutina os dois deputados do PT e talvez mais quatro divididos entre PV e PSB, que nacionalmente acenam para o Partido dos Trabalhadores. Nesta configuração, o governador eleito teria maioria mais apertada.