O empresário Mauro Mendes, presidente da Fiemt, divulgou nota, agora há pouco, rebatendo críticas do procurador jurídico da prefeitura, Ussiel Tavares, que Mauro deveria ter denunciado eventuais irregularidades no PAC, que resultou na prisão de 11 empreiteiros e servidores das prefeitura. Ele considerou que foi “mais uma tentativa vergonhosa de inverter os fatos, buscando transferir para outros a própria incompetência e a responsabilidade pelo desgoverno que assola a prefeitura de Cuiabá. Ainda em 23 de setembro de 2008 protocolei, pessoalmente, com o juiz federal Julier Sebastião da Silva, denúncia de irregularidades no PAC de Cuiabá, o que foi amplamente divulgado na imprensa, cuja matéria ainda está disponível no site do Ministério Público. Portanto, ao saber de supostas irregularidades cumpri meu papel de cidadão e imediatamente informei um juiz federal, que encaminhou a denúncia ao Ministério Público Federal”, defende-se.
Mauro teve conversa grampeada pela Polícia Federal quando foi “aconselhado” pelo empreiteiro Anildo de Barros (que também foi preso) para não disputar a licitação e o recado teve tom de ameaça. Com relação à ligação recebida do empresário Anildo Lima Barros, o que existe de muito grave ali são citações claras de que ele tem relações no processo da licitação com o “ALCAIRE“, cuja expressão correta é ALCAIDE e em espanhol significa prefeito. Aliás, hoje o prefeito diz que não sabia de nada. Ora, como pode não saber se José Antonio Rosa, (ex-) procurador geral do município, presidente da Sanecap, braço direito do prefeito e coordenador de sua campanha em 2008 seria, segundo a Polícia Federal, o grande articulador das supostas irregularidades? Como pode o prefeito de Cuiabá não saber fatos gravíssimos que estão acontecendo na licitação da maior obra da História de Cuiabá? Seria isso uma grande mentira? Ou seria uma grande incompetência? Ou seria, ainda, total conivência? Ou seria tudo isso junto? Não se sabe, ainda”, ataca Mauro, que foi derrotado por Wilson nas eleições do ano passado para prefeito.
Mauro Mendes finaliza apontando que “cabe às autoridades policiais, judiciárias e Ministério Público responder esses e outros questionamentos, pois somente a conclusão das investigações poderão determinar quem são os envolvidos e a exata participação de cada um”.