Acusado por adversários de tentar fazer da Prefeitura de Cuiabá um trampolim para eleição de governador em 2014, o candidato a prefeito Mauro Mendes (PSB) adotou posicionamento diferente. Disse que o grupo político do qual participa já começou discutir a possibilidade de lançar 4 nomes na corrida pela sucessão do governador Silval Barbosa (PMDB). Entre eles estão os senadores Pedro Taques (PDT) e Blairo Maggi (PR).
Mauro citou os nomes depois de ser acusado de preparar renúncia para 2014, assim como fez Wilson Santos (PSDB) em 2010, ao deixar o cargo para o atual prefeito Chico Galindo (PTB). O tema deve ser um dos principais debates da campanha, principalmente depois que o concorrente do PSB escolheu para vice na chapa o deputado estadual João Malheiros (PR). Se eleito, o republicano terá que abrir mão da cadeira na Assembleia Legislativa para ficar na vice-prefeitura, opção pouco comum na política quando não há perspectiva de acordo para sucessão.
"Se eleito, com certeza ficarei 4 anos. Fiz a escolha de ser candidato a prefeito e, se vencermos, vou cumprir. Gostaria de falar para os adversários que falam tanto desse assunto que temos 4 candidatos para 2014: os senadores Blairo e Taques e os deputados federais Valtenir Pereira (PSB) e Homero Pereira (PR)", afirmou Mauro, ao garantir que a discussão foi feita pelos partidos aliados nos últimos dias. Fica clara, no entanto, a estratégia de fugir das cobranças. Diante da importância do assunto, o candidato do PSDB à Prefeitura de Cuiabá, Guilherme Maluf (PSDB), já até registrou em cartório compromisso de não renunciar, se eleito. Mauro se nega a fazer o mesmo. Alega que não aceita esse tipo de provocação.
O concorrente do PSB também ironizou o apoio que os adversários têm recebido de figuras ilustres. "Enquanto vão pedir apoio de autoridades eu vou ao Pedra 90, Osmar Cabral, enfim, vou conversar com o povo. Apoio de políticos não é tão fundamental quanto pensam. Quero ajuda da população, mas não vou desprezar também a importância que têm os grandes ícones da política brasileira. Só que temos bons nomes também, mas isso não será uma das nossas prioridades".
Enquanto faltam líderes nacionais para apoiar Mauro, Lúdio Cabral (PT) conta com a presidente Dilma Rousseff e o governador Silval. Maluf deve ter o presidenciável Aécio Neves (PSDB-MG).