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Mauro diz na COP 28 que Mato Grosso é ‘potência ambiental’, ‘faz sua parte na preservação’ e critica posicionamentos de países ricos

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Só Notícias (foto: Lucas Rodrigues/assessoria)

O governador Mauro Mendes afirmou, nesta segunda-feira, em Dubai, na 28ª Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas, a COP 28, que Mato Grosso tem dado exemplo para o mundo ao aliar a produção de alimentos em larga escala com a preservação ambiental, na contramão dos países ricos, que têm aumentado o consumo de carvão – uma das principais causas das emissões de carbono. Ele abordou o tema “transição econômica para a amazônia: desenvolvimento socioeconômico de baixas emissões”, junto aos demais governadores dos estados que compõem a Amazônia brasileira.

“A primeira COP aconteceu em Berlim há quase 30 anos. E lá ficou pactuado que os países reduziriam suas emissões. A queima de carvão nas térmicas ao redor do planeta é um dos principais ofensores para a emissão dos gases do efeito estufa. Mas no ano passado a queima de carvão do mundo aumentou e continua aumentando ao longo desses 30 anos”, criticou.

Mauro afirmou ainda que muitas das críticas dos países ricos ao Brasil são infundadas. “É mais fácil falar da Amazônia. É mais fácil nos criticar, criticar o Brasil, criticar a todos nós que estamos preservando mais de 60% do nosso território. Não podemos aceitar que o mundo aponte o dedo pra nós quando grande parte do mundo não está fazendo sua parte, principalmente os países desenvolvidos”, destacou, acrescentando que o Brasil e Mato Grosso precisam assumir “o papel de potência ambiental”. “Nós somos um exemplo para o mundo e muitas vezes somos transformados em vilões. Temos que assumir esse papel de potência ambiental. É a única região do planeta que pode, nos próximos anos, nas próximas décadas, produzir alimentos acima do crescimento da demanda mundial”, relatou.

Ele citou que Mato Grosso reduziu o desmatamento em mais de 80% nos últimos 20 anos, como exemplo da preservação. “Todo esse trabalho de preservação está alinhado com as políticas da ONU. A estabilidade do clima é fundamental para a produção de alimentos e para a segurança alimentar do planeta. E somos um dos maiores produtores de alimentos do mundo”, disse. “Vivemos de uma maneira muito clara os efeitos dessas mudanças. Chuvas intensas no sul, seca no médio norte do país e no norte do país. Teremos neste ano uma perda gigantesca na nossa safra, por conta da mudança no ritmo das chuvas. Essa é uma realidade que está impactando o meu estado e impacta o planeta”, completou.

Também participam da missão mato-grossense na COP a primeira-dama Virginia Mendes, os deputados estaduais Paulo Araújo e Max Russi, os secretários de Estado Mauren Lazaretti (Meio Ambiente), Grasielle Bugalho (Assistência Social e Cidadania) e César Miranda (Desenvolvimento Econômico), a prefeita de Jaciara, Andreia Wagner, o procurador-geral de Contas, Alisson Alencar, o presidente do Instituto Mato-grossense da Carne, Caio Pedido e o presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso, Silvio Rangel, informa a secretaria estadual de Comunicação.

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