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Mauro critica polarização entre direita e esquerda no Brasil: “grandes temas não são discutidos”

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Só Notícias/Herbert de Souza (foto: assessoria)

O governador Mauro Mendes (União Brasil) criticou, hoje, a polarização da política brasileira entre candidatos com viés de esquerda e de direita. Segundo ele, falta profundidade nas discussões durante o período eleitoral.

“Eu, particularmente, fico um pouco triste quando vejo que os temas de discussão da política brasileira são muito superficiais. Discute-se partido político e ideologia, mas não se vê uma discussão com mais profundidade daquilo que realmente interessa ao cidadão brasileiro, que é como resolver os graves problemas que as cidades têm”, disse à rádio Jovem Pan. 

Ao ser questionado sobre as eleições municipais, Mauro citou a última eleição presidencial, realizada em 2022. “Sem querer criticar ninguém, mas, no último debate, os temas eram muito superficiais. Os grandes temas do país não eram discutidos. Como resolver o problema da violência e das organizações criminosas? E a falta de infraestrutura? Isso foi pouco discutido. As eleições municipais estão seguindo o mesmo caminho. É mais à esquerda, é mais à direita, como se isso, por si só, pudesse resolver os problemas das cidades brasileiras”, criticou.

Em entrevista à rádio, o governador ainda comentou a decisão de não aumentar a alíquota do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). Segundo ele, isso fez com que Mato Grosso não entrasse em guerra fiscal e os contribuintes não tivessem carga tributária ainda maior.

“Eu claramente decidi que não iria entrar nessa guerra fiscal. Falei com o presidente Arthur Lira (Câmara dos Deputados) na Conferência do Clima e disse que o efeito prático imediato da reforma seria o aumento do ICMS em diversos estados brasileiros. Mas ao final, eu aplaudi o presidente porque, sabidamente, a Câmara Federal retirou essa proposta do texto final”, relatou.

Mauro reforçou que a responsabilidade fiscal adotada em seu governo, ao longo dos últimos cinco anos, como um dos principais motivos para não elevar o ICMS em Mato Grosso.  “Fizemos uma correta gestão fiscal ao longo desses últimos cinco anos e não foi necessário fazer esse aumento de impostos. Eu havia criticado muito o Congresso Nacional por inserirem um dispositivo que estava levando os estados brasileiros a elevarem os impostos. Mato Grosso já tinha decidido que não faria e que lutaríamos para tirar esse dispositivo. Ninguém aguenta mais o aumento de impostos no país”.

Em 10 estados brasileiros e no Distrito Federal o imposto aumentou a partir deste mês.

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