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Mato Grosso tem excedente de 74% na capacidade de energia elétrica

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A evolução de Mato Grosso na área de geração e transmissão de energia elétrica foi destacada durante a abertura do 3º Seminário de Energia realizado, nesta quinta-feira, pelo Governo do Estado, em parceria com a Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt). Da década de 90 para cá, o Estado, que produzia menos de um terço de toda a energia necessária para consumo interno, conta atualmente com um excedente de 74% de capacidade para exportação.

O governador Blairo Maggi destacou que depois de grandes potenciais de geração de energia elétrica como nos rios Belo Monte e Madeira, em Rondônia e Pará, Mato Grosso é o Estado que tem o maior potencial hidrelétrico para funcionamento de Pequenas Centrais Elétricas (PCHs). “Este potencial está começando a ser explorado. Num futuro próximo, o Estado será um dos maiores produtores de energia elétrica do país”, afirmou. “Os investimentos são altos e darão garantias para o investidor que vier para Mato Grosso de que teremos energia farta, sem depender da transmissão do Sudeste para cá”.

Atualmente, estão em operação no Estado 95 empreendimentos responsáveis pela geração de 1.756,07 mw. Outros 12 empreendimentos em construção gerarão 203,41 mw. O setor conta ainda com 38 empreendimentos que já tiveram as outorgas concedidas, com capacidade prevista para geração de 640,63 mw.

Com a auto-suficiência do setor de energia elétrica no Estado e com capacidade para exportar 74% do excedente, o desafio agora, segundo o secretário de Estado de Indústria, Comércio e Minas e Energia, Alexandre Furlan, é dotar Mato Grosso de infra-estrutura necessária para as linhas de transmissão. “Nós temos o investimento de R$ 750 milhões para o começo do ano que vem, dessa linha de transmissão de 500 kw, entre Cuiabá a Itumbiara (Goiás), que permitirá exportarmos nossa energia para o Sudeste do país”, comentou.

De acordo com o secretário, os investimentos têm sido feitos, mas, às vezes, esbarram nas questões ambientais para autorização da atividade. O governador Blairo Maggi destacou na abertura do encontro, que neste sentido o Governo, como nas demais áreas, tem trabalhado com responsabilidade. “Se é um investimento que trás respostas para a sociedade mato-grossense e respeita as leis ambientais, obviamente que iremos apoiar e vamos trabalhar para que estes projetos saiam, pois são importantes para Mato Grosso e para o Brasil”, afirmou. Para o governador, a discussão sobre o funcionamento destes empreendimentos deve ser baseada em critérios técnicos e racionais, para que não haja prejuízo da sociedade como um todo no desenvolvimento econômico e social.

SEMINÁRIO – Durante os dois dias do seminário serão discutidos o atual cenário do setor elétrico e gás natural no Estado, como também a importância dos investimentos em tecnologia para a utilização de novas fontes alternativas de energia. “Vamos tratar da evolução de Mato Grosso na área de energia elétrica; atualizar sobre os marcos regulatórios, quanto à geração, transmissão e a distribuição de energia, assim como as fontes alternativas”, informou o secretário da Sicme, Alexandre Furlan. “A proposta é de que a discussão possa dar não somente uma visão conjuntural, como também o direcionamento futuro de investimentos públicos e privados na área”.

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