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Mato Grosso: 23% do eleitorado não sabe ler

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Levantamento feito pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) mostra que, em Mato Grosso, quase um quarto do eleitorado, ou seja, 23,6% de 1,9 milhão de votantes, mal sabem ler e escrever. Também aponta que o Estado contraria tendência nacional, possui mais eleitores homens do que mulheres e que elas lideram o ranking de analfabetos.

Ao todo, em Mato Grosso existem 124.006 eleitores analfabetos (6,32%). Os que declararam saber apenas ler e escrever somam 339.234 (17,28%). Juntos, esses índices representam quase um quarto de todos os eleitores das 141 cidades do Estado.

Apesar delas serem minoria no Estado, as eleitoras representam um maior grupo mesmo em se tratando de números absolutos referentes a analfabetos e pessoas que têm apenas ensino médio incompleto e completo. – ver relação completa ao lado.

O levantamento mostra que Mato Grosso conta com 63.201 mulheres analfabetas, contra 60.666 homens. Os dados foram atualizados em dezembro passado e seguem tendência nacional que aponta as mulheres como grande parte dos analfabetos do país. No Brasil, elas somam 65,9 milhões de votantes, ou seja, 51,7%. No caso de Cuiabá, elas também são maioria entre os analfabetos. Somam 5.358, contra 4.144.

Para o professor e cientista político Lourembergue Alves, os dados devem ser vistos com cautela, apesar do grande número de pessoas que mal sabem ler ou escrever, ou seja, não fariam uma leitura crítica de qualquer texto. “Não basta ver os dados isoladamente para ter uma visão real disso. É preciso que compreendamos o comportamento do eleitorado, pois nem todo mundo que tem curso superior tem uma visão crítica. Não basta ter diploma e nem todo analfabeto não tem criticidade. Isso é relativo”, pondera.

O professor ressalta que a apatia do brasileiro em relação à política tem se agravado por causa dos sucessivos escândalos e isso tem afetado todas as classes sociais. “Todos os setores não querem discutir o assunto e isso é ruim. Não é privilégio dos analfabetos”, completa Lourembergue. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ressalta que alguns dados podem apresentar defasagens porque foram informados no momento do alistamento de cada eleitor.

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