A ex-senadora Marina Silva (PSB) deve anunciar apoio ao presidenciável tucano Aécio Neves (PSDB) no segundo turno. "A avaliação é que não dá para ter mais quatro anos desse governo. Isso é ponto pacífico. O nosso compromisso é com o movimento de mudança", disse João Paulo Capobianco, um dos mais próximos assessores de Marina. O grupo dela, da Rede Sustentabilidade, se reuniu, ontem à noite, em São Paulo para definir o futuro político.
A Folha informa que Marina "começou a calibrar o discurso e negociar o formato do anúncio de seu apoio a Aécio" e "estuda a melhor maneira de se colocar ao lado do tucano sem parecer incoerente com a postura de "nova política" que defendeu durante a campanha e enumera pontos de seu programa de governo que pedirá que sejam incorporados pela candidatura do PSDB. Um dos trunfos de seu discurso, avalia a pessebista, é o eventual apoio da viúva de Eduardo Campos, Renata Campos, a Aécio. A fidelidade à família e ao legado do ex-companheiro de chapa, morto em 13 de agosto, justificaria a aliança". É justamente no Nordeste que Aécio está tendo desempenho mais fraco na votação. No Pernambuco, onde Eduardo Campos governou, Marina foi a mais votada, Dilma foi a segunda e Aécio o terceiro.
Marina e aliados devem apresentar reivindicações para serem inseridas no plano de governo tucano como reforma política, fim da reeleição, a educação em tempo integral e a sustentabilidade.
