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Manuela D’Ávila diz em Cuiabá que Eduardo Bolsonaro cometeu crime ao defender AI-5

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Só Notícias/Marco Stamm, de Cuiabá (foto: arquivo/assessoria)

A declaração do deputado Eduardo Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro e líder do PSL na Câmara, dizendo que o governo pode reeditar o Ato Institucional 5 (AI-5) e retornar com a censura caso a esquerda radicalize a oposição no Brasil, foi rebatida em Cuiabá pela ex-deputada Manuela D’Ávila (PCdoB-RS) e pela deputada Benedita da Silva (PT-RJ). Elas estiveram na capital mato-grossense para o festival de cinema feminino Tudo Sobre Mulheres e defenderam que os partidos de oposição peçam a cassação de Eduardo por apologia à tortura.

“Não somos nós que dizemos. Quem diz é a Constituição Federal: fazer apologia à ditadura militar é crime no nosso país. Portanto, a Câmara dos Deputados, na minha interpretação, e os nossos partidos, conjuntamente, vão ao Conselho de Ética pedir a cassação do deputado Eduardo Bolsonaro por não estar cumprindo aquilo que prometeu, ou seja, honrar a Constituição brasileira”, afirmou Manuela, que foi candidata a vice-presidente na chapa do petista Fernando Haddad.

A comunista disse, ainda, que os brasileiros precisam reagir ao que chamou de “bravatas” apoiadas pelo presidente Jair Bolsonaro e seus filhos, que diariamente o envolvem em situações constrangedoras, transferindo crises para o governo do pai.

“Eduardo Bolsonaro primeiro defendeu o AI-5, e quando confrontado foi para suas redes fazer apologia à tortura, ou seja, ele fez em dois momentos: defendeu o AI-5, e quando nós questionamos publicamente a defesa que ele fez ao fechamento do regime democrático, ele dobrou a aposta publicando um vídeo fazendo apologia ao coronel Brilhante Ustra, que todos nós, lúcidos, sabemos que foi o maior torturador que viveu neste país”, completou.

A petista Benedita da Silva reforçou as críticas de Manuela e acrescentou que o clã Bolsonaro costuma criar factoides para desviar o foco de assuntos espinhosos e de cobranças da oposição.

“[As declarações] são produzidas para sair do foco daquilo que a nação brasileira toda quer saber, que é exatamente a questão do Queiroz, quem matou a Marielle, e ele deve uma explicação do derramamento de sangue, de óleo. Diante disso, a oposição tem tomado decisões e vamos continuar mobilizando a sociedade brasileira para se contrapor a tudo isso, porque todos nós estamos correndo riscos com um governo que fique ameaçando as instituições democráticas criadas para que nós tenhamos uma sociedade que possa ser plural, fraterna, e respeitar as diferenças”, ressaltou Benedita.

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