sexta-feira, 19/abril/2024
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Mandato do deputado Roberto Jefferson acaba de ser cassado

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Roberto Jefferson, o homem que denunciou o mensalão, acaba de ter o mandato de deputado federal cassado pela Câmara dos Deputados. 313 deputados votaram pela cassação, 156 foram contrários, houve 13 abstenções, 5 votos em branco e 3 nulos. Ao todo 489 deputados votaram.

Hoje à tarde, ele esteve na tribuna da Câmara, fez discurso reafirmando as acusações de corrupção de deputados que receberiam dinheiro do governo e atacou o presidente Lula e disse que a corrupção estava “do outro lado da rua”, referindo-se ao Palácio do Planalto. Disse ainda que não retirava nenhuma vírgula do que afirmou em entrevistas e em depoimentos em CPIs sobre o esquema mensalão, que envolveria outros 17 deputados e causou a queda do ex-ministro José Dirceu (que pode ter mandato de deputado cassado), a cúpula do PT e diretores de estatais.

Jefferson denunciou, em entrevista publicada pela Folha de S.Paulo, que congressistas aliados recebiam o que chamou de um “mensalão” de R$ 30 mil. Admitiu ter recebido R$ 4 milhões do PT para caixa dois de campanha das mãos de Marcos Valério e foi citado como o líder do esquema de corrupção nos Correios.

Segundo o deputado, o dinheiro do “mensalão” vinha de estatais de empresas privadas e chegava a Brasília “em malas” para ser distribuído em ação comandada pelo ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares, com a ajuda de “operadores” como o publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza e o deputado José Janene (PP-PR).

O ex-presidente do PTB poupou Lula, mas envolveu o ex-ministro-chefe da Casa Civil, deputado José Dirceu (PT-SP), e outros integrantes do que ele chamou de “cabeça” do PT: José Genoino, Delúbio Soares, Silvio Pereira e Marcelo Sereno.

Antes da entrevista em que falou do “mensalão”, Jefferson foi citado em uma gravação em que o ex-funcionário dos Correios Maurício Marinho detalha o funcionamento de um suposto esquema de corrupção na estatal. Na fita, o ex-funcionário afirma que trabalhava com o aval do ex-presidente do PTB e do ex-diretor da empresa, Antônio Osório Batista.

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