sexta-feira, 3/maio/2024
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Maioria dos governadores do PSDB quer Alckmin disputando a presidência

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O presidente do PSDB, senador Tasso Jereissati (na foto) informou ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso que a maioria dos governadores do partido prefere a candidatura presidencial de Geraldo Alckmin à de José Serra. São sete os governadores tucanos. Um deles é o próprio Alckmin. Entre os outros seis, quatro manifestaram a Tasso uma preferência pelo colega de São Paulo. Quanto aos dois restantes, um defende o nome de Serra e outro está em cima do muro.

Pressionado por Alckmin, que cobra a abertura do leque de consultas às demais instâncias partidárias, Tasso ouviu informalmente os governadores nos últimos dias. Em público, todos eles evitam expor claramente a preferência. Adotam o discurso formal da defesa da unidade do partido. Nas conversas com Tasso, porém, abriram o jogo.

Entre todos, os mais ardorosos defensores da opção por Alckmin são Marconi Perillo, de Goiás, e Simão Jatene, do Pará. Outros dois –Otomar Pinto, de Roraima, e Cássio Cunha Lima, da Paraíba-, embora menos enfáticos, também se revelaram mais simpáticos à escolha de Alckmin, em detrimento de Serra.

Só um governador é claramente favorável a Serra: Aécio Neves, de Minas Gerais, membro do triunvirato tucano a quem foi delegada a tarefa de escolher o nome do candidato oficial do PSDB à presidência da República. Completa a lista de governadores tucanos Lúcio Alcântara, do Ceará. Está em cima do muro, com leve tendência pró-Serra. Mas vai se alinhar à decisão que vier a ser tomada por Tasso, líder de seu grupo na política cearense.

Entre os governadores pró-Alckmin, prevalece o argumento de que o colega de São Paulo seria mais sensível a um programa de governo que contemplasse o desenvolvimento de regiões mais pobres do país. Alckmin já se declarou publicamente favorável, por exemplo, a uma reforma tributária que modifique a sistemática de cobrança do ICMs. Em vez de ser recolhido na origem, como ocorre hoje, o tributo seria pago no destino dos produtos. A mudança favoreceria a arrecadação de Estados que não têm o nível de industrialiação de São Paulo.

Alckmin, de resto, vem desenvolvendo há tempos uma política de aproximação com os demais governadores tucanos. Simão Jatene, por exemplo, está implantando no Pará uma rede de hospitais de média e alta complexidade que não teria sido viabilizada não fosse a ajuda do colega de São Paulo.

Fica no município de Ananindeua, na região metropolitana de Belém, o principal hospital da rede. Só não foi inaugurado ainda porque Jatene aguarda que Alckmin encontre um espaço em sua agenda para viajar ao Pará. Ele faz questão da presença do colega de São Paulo.

Todo o suporte operacional da rede de hospitais paraenses vem sendo assegurado por uma parceria firmada entre Jatene e Alckmin. A mão-de-obra que irá operar os hospitais está sendo treinada em São Paulo. Técnicos da Secretaria de Saúde do governo paulista orientaram o governo paraense na fase de aquisição de equipamentos de alta complexidade tecnológica.

Ao manifestar publicamente a insatisfação do partido com a “falta de democracia” exibida pelo PSDB na definição do seu candidato à presidência, o governador goiano Marconi Perillo não fala só. Ele vocaliza um sentimento que é crescente dentro do partido. Perillo ameaçou inclusive divulgar um manifesto em favor de Geraldo Alckmin. Foi, por ora, contido.

A despeito da sondagem feita entre os governadores, Tasso Jereissati continua avaliando, em diálogos privados, que o PSDB conseguirá preservar a sua unidade interna ainda que o escolhido seja Serra. Avalia que, uma vez definido o candidato, todo o partido se unificará em torno do propósito de derrotar Lula. Falta combinar com Geraldo Alckmin.

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