Uma reunião nas primeiras horas da última terça-feira (25) colocou frente à frente o governador Blairo Maggi (PR) e o prefeito de Cuiabá, Wilson Santos (PSDB), no Palácio Paiaguás, onde ambos discutiram os rumos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), após, na semana anterior, terem trocado farpas. Neste dia, Maggi foi a sede do governo apenas para se reunir com o prefeito tucano, já que estava de partida para o continente Africano, mais precisamente para Angola.
Sem encontrar uma brecha para solucionar o emperramento do PAC Cuiabá orçado em R$ 238 milhões por superfaturamento, principalmente depois da Operação Pacenas da Justiça Federal que levou para cadeira empresários, secretários e servidores públicos de Cuiabá e Várzea Grande, Wilson Santos foi pedir ao governador que interceda junto ao presidente Lula para encontrar maneiras de retomar os entendimentos, corrigir os erros e recuperar o atraso nas obras do qual depende inclusive seu futuro político.
Na realidade as obras do PAC hoje dependem, em sede do Governo Federal, de dois ministros, Márcio Forte da pasta de Cidades e de Jorge Hage, da Controladoria Geral da União (CGU). Só que isso seria apenas parte da solução, pois primeiro de tudo é preciso que a Justiça Federal libere os bloqueios efetivados por ordem do juiz Julier Sebastião da Silva, que aguarda resposta dos ministros e do Ministério Público Federal e do Tribunal de Contas da União.
Em que pese hoje a decisão ser muito mais técnica do que política, Wilson Santos sabe que a influência do governador Blairo Maggi junto ao presidente Lula e as demais autoridades pode representar um avanço, ou seja, assumindo parte dos compromissos na realização de novas licitações e na contratação das obras, o Estado facilitaria as coisas para Cuiabá que poderia retomar algumas obras e evitar que as mesmas sejam paralisadas em definitivo.
Maggi e Wilson Santos continuam os entendimentos a partir de segunda-feira, 31, na África do Sul, onde ambos conhecerão os projetos para a Copa do Mundo de Futebol de 2010.