Palavras são palavras. O governador Blairo Maggi disse nesta sexta-feira em Cuiabá que o seu apoio ao deputado federal Pedro Henry (PP-MT) para disputar a vaga ao Senado Federal permanece. Mas não foi tão incisivo como das outras vezes – o que fez suscitar dúvidas sobre a fundação desse apoio. “Ele foi o primeiro a se lançar candidato. Muito antes” – disse o governador, usando o artifício como justificativa para acrescentar que também apóia o nome de Jaime Campos, que se lançou pelo PFL.
Como óbvio, Maggi afirmou que será a própria coligação a ser montada para a eleição do ano que vem que irá decidir quem será o candidato a vaga ao Senado e também a de vice. “Os partidos têm direito a indicar os nomes” – disse, numa nova alusão óbvia. De diferente das versões palacianas, apenas o descarte da proposta aventada pelo secretário-chefe da Casa Civil, Luís Antônio Pagot: “Não dá para cada partido ter um candidato” – salientou. “Vamos sair abraçados no erro político”.
Embasando a tese de que palavras são palavras, Maggi acentuou que a situação de Pedro Henry, que teve seu nome incluído na lista dos deputados a serem cassados pela Câmara dos Deputados por envolvimento – embora não comprovado – no caso do “mensalão”, também será avaliada. Independente do desfecho do caso. “Ele próprio vai ter que avaliar isso. A decisão será dele e da coligação” – frisou.
O deputado José Riva (PP), 1º secretário da Mesa Diretora da Assembléia Legislativa, reafirmou a disposição do partido em manter a candidatura de Henry ao Senado na chapa a ser encabeçada por Maggi a reeleição ao Governo. “Ele vai ser absolvido. Não há provas contra ele” – disse o deputado, ao salientar que o relatório das duas comissões que tratou do assunto deixa claro que faltam provas que envolvam Henry com o “mensalão”.
Riva destacou que a discussão agora sobre nomes ao Senado, no entanto, é precipitada. Ele comentou que o tema deve ganhar força, engrenar de verdade, a partir de abril do ano que vem. O lançamento pelo PFL do nome de Jaime Campos é visto pelo parlamentar do PP como sendo muito natural. “A pretensão dele é legítima, do partido é legítima, assim como é de Pedro Henry, Pivetta e outros” – ponderou. Segundo Riva, vai obter a indicação “quem tiver mais apoio e articulação” no momento adequado.
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Maggi diz que apoio a Henry permanece e descarta candidaturas isoladas
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