O ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP), afirmou que não abre mão da possibilidade de disputar a reeleição ao Senado no ano que vem. Ele classificou como “especulação” informações que dão conta que teria desistido de manter seu projeto político, permanecendo no comando do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) até dezembro de 2018, quando voltaria às suas atividades empresariais.
A hipótese de desistir de disputar a reeleição foi levantada depois da divulgação de uma reportagem em que Blairo teria se decidido a permanecer no governo do presidente Michel Temer (PMDB) até o término da gestão, abrindo mão assim de tentar um novo mandato no Senado. Conforme o ministro, a declaração foi retirada do contexto. “Não disse que não seria candidato. Sobre este assunto tenho até abril para resolver e isso será feito no momento oportuno. Até lá, não abro mão da vaga de senador”.
O contexto da declaração, nas palavras de Blairo, foi uma conversa que ele e Temer tiveram durante viagem à China. Na ocasião, o peemedebista disse ao ministro que se ele quisesse, poderia ficar na gestão até dezembro do ano que vem, em virtude do bom trabalho desenvolvido à frente do Mapa. “Devido ao trabalho que vem sendo feito e os resultados colhidos pelo Mapa, chegamos a avaliar até a possibilidade de continuar à frente do ministério até dezembro de 2018 para fazer tudo que precisa ser feito. Continuo pré-candidato ao Senado. O resto é especulação”, destacou Maggi.
O senador tem sido alvo de diversos rumores, um deles dando conta de que deixaria o Mapa, em uma reforma a ser realizada por Temer para contemplar sua base aliada, sobretudo o chamado “centrão”. A possiblidade foi descartada pelo próprio presidente nacional do PP, o senador Ciro Nogueira, do Piauí, que teria dito que a sigla se sente contemplada na gestão de Temer e bem representada na figura de Blairo.
Ultrapassado este assunto, especulações acerca do futuro político de Maggi começaram a ser lançadas como a da possibilidade do ministro não tentar a reeleição, principalmente após a revelação do conteúdo da delação do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), que sucedeu Maggi no comando do Estado. Sobre os fatos elencados por Silval, Blairo lamentou ter sido “vítima de ataques” por parte do peemedebista e ressaltou estar com a consciência tranquila de que não cometeu nenhum ato ilícito.