O governador Blairo Maggi segue amanhã a Washington onde participará do encontro mundial denominado “Global Katoomba Meeting”. Será discutido o pagamento dos serviços ambientais não prestados e o custo das áreas que não serão abertas para produção e preservadas. O evento ocorre entre os dias 08 e 10 de junho, na capital norte-americana. Em abril do ano passado, ele esteve reunido com ONGs em Washington e Nova Iorque defendendo a compensação como mecanismo de compensação para centenas de fazendeiros e também para evitar derrubadas, abrindo mão do direito de desmatar 20% da área total de suas propriedades.
“São mecanismos que estamos construindo em conjunto ONGs e governos. Está longe de acontecer mas o caminho é esse, discutir. Nós temos que tirar os que são proprietários de terra da pressão de não abertura das novas áreas em troca de um recebimento de serviços ambientais não prestados”, salientou.
A questão ambiental afeta diretamente os municípios e os prefeitos puderam conhecer um pouco mais sobre a posição do Governo do Estado e o que tem sido feito para encontrar soluções e o caminho da preservação e produção sustentável.
O governador esclareceu a diferença dos dados de desmatamento divulgados pelo Inpe na última segunda-feira, que detectou 794 quilômetros quadrados, e do SAD/Imazon (uma ONG que faz o rastreamento via satélite), divulgado segunda-feira, que detectou menos de 100 quilômetros quadrados. O SAD registra somente desmatamento (corte raso), equanto o Inpe divulga os dados de desmatamento e degradação progressiva juntos.
Maggi reforçou que espera os dados do Prodes, no mês de agosto, (dados anuais divulgados pelo Inpe), e que os mesmos não apontarão Mato Grosso como campeão de desmatamento. Segundo ele foi o que ocorreu em 2006, 2007 e será também este ano.
Além das questões ambientais, Maggi falou também sobre o Zoneamento Socioeconômico Ecológico de Mato Grosso. As audiências públicas serão realizadas em todas as regiões para explicar como é, o que é e como vai funcionar o zoneamento. Maggi disse que o Governo do Estado quer fazer uma ampla discussão e espera a participação de toda a população, porque se trata de um projeto de interesse de todos.
“O zoneamento interessa a todos os habitantes de Mato Grosso, profissionais liberais, produtores, agricultores. Essa é a hora, de toda sociedade participar e opinar o que nós queremos do Estado de Mato Grosso e vamos acoplar o zoneamento ao Programa MT + 20”, salientou.