O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve participar hoje à tarde de uma reunião com a equipe de coordenação de governo. A reunião deve discutir a crise deflagrada pela quebra do sigilo do caseiro Francenildo Costa.
Oficialmente, esse encontro não consta da agenda de Lula, que prevê uma reunião da Junta Orçamentária. Mas a Folha Online apurou que o encontro com a equipe de coordenação deverá acontecer assim que o presidente chegar ao Palácio do Planalto.
Devem participar desta reunião os ministros Márcio Thomaz Bastos (Justiça), Dilma Roussef (Casa Civil), Jaques Wagner (Relações Institucionais). Não está descartada a possibilidade do senador Aloizio Mercadante (PT-SP) participar do encontro.
O Planalto negou que Lula vá antecipar o seu retorno para Brasília. A Folha Online apurou que o presidente cogitou essa possibilidade, mas depois manteve sua agenda original que prevê chegada à Base Aérea de Brasília às 14h40. Ele participou da Convenção sobre Diversidade Biológica em Curitiba (PR).
Entre os assuntos que estão sendo tratados na reunião está a possível saída do ministro Antonio Palocci da Fazenda. Também se discute a situação do presidente da Caixa, Jorge Mattoso, e do assessor de imprensa de Palocci, Marcelo Netto.
A oposição –e membros do próprio governo– pediu a cabeça de Mattoso, pois o sigilo bancário de Francenildo teria sido quebrado a pedido de funcionários do primeiro escalão da Caixa. Francenildo tem uma conta poupança na Caixa, que recebeu depósitos que somam R$ 25 mil de janeiro até agora. Já Netto é acusado pela oposição de ser o responsável por repassar o extrato do caseiro para a revista ‘Época’.
Palocci está na linha de tiro porque a crise foi detonada após o caseiro desmentir o ministro na CPI dos Bingos. Francenildo disse ter visto Palocci várias vezes na casa alugada em Brasília pelos seus ex-assessores de Ribeirão Preto. A CPI suspeita que a casa era usada para fechamento de negociatas e festas com prostitutas.
O ministro, ao que tudo indica, deve deixar ainda hoje o cargo. Palocci apenas deve permanecer à frente do ministério se provar que não participou da quebra de sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa, que contradisse o ministro no caso da chamada ‘casa do lobby’.
Em conversa ontem com Lula, segundo apurou a Folha, o ministro negou qualquer participação direta na quebra ilegal do sigilo, porém admitiu a possibilidade de a sua assessoria ter tomado parte do caso.
Confirmada a saída de Palocci, ele manterá o direito de concorrer a deputado federal nas eleições de outubro. O ministro teme que um juiz de primeira instância acate eventual pedido de prisão por suspeitas de corrupção do tempo em que foi prefeito de Ribeirão Preto. Um mandato de deputado lhe daria foro privilegiado –poderia responder a eventuais processos somente no STF (Supremo Tribunal Federal).
Substituto
Cotado para substituir Antonio Palocci no Ministério da Fazenda, o líder do governo no Senado e pré-candidato do PT ao governo do Estado de São Paulo, Aloizio Mercadante (SP), disse ontem que está ‘pronto para desempenhar qualquer que seja a função necessária ao partido ou ao presidente Lula’.
‘Eu sempre coloquei o meu mandato à disposição do partido e do presidente Lula. Portanto, qualquer que seja a função que seja necessária ao partido ou ao presidente, eu estou pronto para desempenhar’, disse o senador.
O presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Guido Mantega, os ministros Paulo Bernardo (Planejamento) e Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento) e o secretário-executivo da Fazenda, Murilo Portugal, também são cotados para assumir a vaga de Palocci em eventual saída.
O Palácio do Planalto negou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vá antecipar o seu retorno a Brasília. A Folha Online apurou, entretanto, que Lula cogitou a possibilidade de adiantar o retorno da Convenção sobre Diversidade Biológico, em Curitiba (PR) para participar da reunião da equipe de coordenação de governo.
Mas o presidente mantendo agenda original –que prevê chegada Base Aérea de Brasília às 14h40. Na parte da manhã houve a reunião da coordenação de governo, que discute a crise deflagrada pela quebra do sigilo do caseiro Francenildo Costa. Participaram da reunião os ministros Márcio Thomaz Bastos (Justiça), Dilma Roussef (Casa Civil) e Jaques Wagner (Relações Institucionais).
Oficialmente, Lula não deve participar da reunião da equipe de coordenação. Pela agenda oficial, o presidente deve participar de uma reunião da Junta Orçamentária. Além desta reunião, Lula deve se encontrar com os ministros Luiz Marinho (Trabalho), Dilma e Wagner.
Mas a Folha Online apurou que Lula deve se encontrarEntre os assuntos que estão sendo tratados na reunião está a possível saída do ministro Antonio Palocci da Fazenda. Também se discute a situação do presidente da Caixa, Jorge Mattoso, e do assessor de imprensa de Palocci, Marcelo Netto.
A oposição –e membros do próprio governo– pediu a cabeça de Mattoso, pois o sigilo bancário de Francenildo teria sido quebrado a pedido de funcionários do primeiro escalão da Caixa. Francenildo tem uma conta poupança na Caixa, que recebeu depósitos que somam R$ 25 mil de janeiro até agora. Já Netto é acusado pela oposição de ser o responsável por repassar o extrato do caseiro para a revista ‘Época’.
Palocci está na linha de tiro porque a crise foi detonada após o caseiro desmentir o ministro na CPI dos Bingos. Francenildo disse ter visto Palocci várias vezes na casa alugada em Brasília pelos seus ex-assessores de Ribeirão Preto. A CPI suspeita que a casa era usada para fechamento de negociatas e festas com prostitutas.
O ministro, ao que tudo indica, deve deixar ainda hoje o cargo. Palocci apenas deve permanecer à frente do ministério se provar que não participou da quebra de sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa, que contradisse o ministro no caso da chamada ‘casa do lobby’.
Em conversa ontem com Lula, segundo apurou a Folha, o ministro negou qualquer participação direta na quebra ilegal do sigilo, porém admitiu a possibilidade de a sua assessoria ter tomado parte do caso.
Confirmada a saída de Palocci, ele manterá o direito de concorrer a deputado federal nas eleições de outubro. O ministro teme que um juiz de primeira instância acate eventual pedido de prisão por suspeitas de corrupção do tempo em que foi prefeito de Ribeirão Preto. Um mandato de deputado lhe daria foro privilegiado –poderia responder a eventuais processos somente no STF (Supremo Tribunal Federal).
Substituto
Cotado para substituir Antonio Palocci no Ministério da Fazenda, o líder do governo no Senado e pré-candidato do PT ao governo do Estado de São Paulo, Aloizio Mercadante (SP), disse ontem que está ‘pronto para desempenhar qualquer que seja a função necessária ao partido ou ao presidente Lula’.
‘Eu sempre coloquei o meu mandato à disposição do partido e do presidente Lula. Portanto, qualquer que seja a função que seja necessária ao partido ou ao presidente, eu estou pronto para desempenhar’, disse o senador.
O presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Guido Mantega, os ministros Paulo Bernardo (Planejamento) e Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento) e o secretário-executivo da Fazenda, Murilo Portugal, também são cotados para assumir a vaga de Palocci em eventual saída.