O presidente Luiz Inácio Lula da Silva iniciou nesta quarta-feira uma ofensiva para tentar atrair o apoio do PMDB para a sua candidatura à reeleição. O porta-voz do presidente foi o ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, que se reuniu hoje com o presidente nacional do PMDB, deputado Michel Temer (SP).
No encontro, que aconteceu num café da manhã na casa de Temer em Brasília, Genro afirmou que Lula deseja uma aliança formal com o PMDB. Tarso disse que se não for possível fechar essa aliança, o PT espera contar com o apoio do PMDB no segundo turno da corrida presidencial.
Esse foi o primeiro encontro entre um assessor direto do presidente Lula com o comando do PMDB. O presidente nacional do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), não estava presente no encontro.
Temer não descartou a possibilidade de o PMDB apoiar o presidente Lula, mas adiantou que o partido ainda irá discutir a tese da candidatura própria. O PMDB realiza uma pré-convenção no dia 13 para homologar ou desistir da candidatura própria.
O presidente do PMDB também disse a Tarso que vai manter negociações com o PSDB, que também quer fechar uma aliança com o partido. O peemedebista já se reuniu com o presidenciável tucano Geraldo Alckmin e com o presidente nacional do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE).
Executiva
A reunião da Executiva Nacional do PMDB, que ocorreria amanhã, foi antecipada para às 17h30 de hoje. Oficialmente, o assunto que será discutido é a realização da convenção extraordinária.
A sugestão partiu do grupo governista do PMDB, que é contrário à candidatura própria e que defende liberdade para fechar coligações –formais ou “brancas”– nos Estados.
A desistência da candidatura própria sofre resistência do pré-candidato e ex-governador Anthony Garotinho, que prometeu entrar na Justiça contra a medida alegando que em 2004 a legenda definiu que teria candidato próprio.