Mato Grosso vive momento histórico nesta quinta-feira. O governo de Mato Grosso assume o controle acionário da empresa que vai gerir a BR-163, de Sinop ao Mato Grosso do Sul (cerca de 820 km) depois de vários anos de gestão da Rota do Oeste, que descumpriu inúmeras cláusulas contratuais e deixou de fazer obras importantes, como a duplicação no Nortão, e devolveu a concessão da principal rodovia usada para escoar grande parte da produção do Estado.
O governador Mauro Mendes liderou, desde o início do ano passado, no Tribunal de Contas da União (TCU) Agência Nacional de Transportes Terrestres e no ministério da Infraestrutura, no governo Bolsonaro, o projeto inovador para o Estado assumir a concessão e evitar nova licitação, o que poderia levar até 5 anos. Com TCU e governo federal liberando, foi feita renegociação das dívidas que foram concluídas mês passado.
E, nesta 5ª feira, finalmente, o Estado assume a gestão e vai aplicar inicialmente R$ 1,6 bilhão para começar a duplicação de Posto Gil a Nova Mutum (80 km) e de lá até Sinop. Inicialmente, a solenidade seria no início da tarde, no Palácio Paiaguás. Mas, esta noite, houve mudança na agenda. “Pela relevância, importância e inovação na solução encontrada pelo Governo de Mato Grosso, para a concessão da BR 163, o presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva, convidou o governador Mauro Mendes para que a assinatura da troca do controle acionário da Rota do Oeste, seja realizada no Palácio do Planalto e o evento foi transferido para Brasília, e será realizado nesta quinta-feira (4), às 12h30”, informa a secretaria estadual de Comunicação.
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Nos bastidores, circula que Lula (PT) ao convidar Mauro para fazer a solenidade no Planalto, está reconhecendo a liderança do governador em liderar e conseguir viabilizar em um ano uma solução de grande importância para melhorar a logística da rodovia que liga o Nortão a capital e escoa centenas de toneladas de produtos diariamente. Lula também busca, ao ‘levar’ a solenidade para o Planalto, tentar ter mais prestígio político em Mato Grosso, onde perdeu as eleições no primeiro e segundo turnos. Na prática, no atual governo, foi apenas consolidada a negociação da dívida da empresa concessionária com a Caixa Econômica Federal. Com Banco do Brasil, foi fechada renegociação com abatimentos nos juros das dívidas em dezembro do ano passado.
A concessão será administrada pela empresa estatal MT Par (Mato Grosso Participações e Projetos) e Mauro deve anunciar a diretoria que comandará a empresa concessionária.
Na sexta-feira, Mauro embarca aos Estados Unidos para encontro com lideranças empresariais e políticas em busca de investimentos no Estado.
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