Um dos fundadores do PSDB em Mato Grosso e candidato à presidência do diretório estadual, o ex-secretário de saúde de Cuiabá, Luiz Soares, entende que o partido deverá se firmar como legenda oposicionista a presidente Dilma Rousseff (PT) e ao governador Silval Barbosa (PMDB). “O recado das urnas foi claro. O eleitor entende que o PSDB deve permanecer na oposição enquanto PT e PMDB deverão governar, o que impede pensar em qualquer aliança com estes partidos”, afirmou.
Com a experiência de quatro mandatos à frente do partido, Soares defende que os tucanos façam uma avaliação do seu papel de oposicionista desempenhado nos últimos anos. ” O PSDB precisa ter coragem para defender suas bandeiras que foram roubadas ao longo dos anos pelo PT. Não dá para afirmar que não somos responsáveis pela privatizações e pelo entendimento inicial de que a máquina pública deveria se pautar pela modernidade e não falar somente a linguagem do corporativismo estatal”, comentou.
Antes maior legenda de Mato Grosso nos tempos do ex-governador Dante de Oliveira, que ingressou em 1997, o PSDB está em decadência desde 2002, quando a derrota nas eleições ao governo do Estado e Senado coincidiu com a chegada de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República.
Nos últimos oito anos, tem mantido sua sobrevivência vencendo duas eleições seguidas em Cuiabá, porém, sofreu novo revés com a derrota do ex-prefeito de Cuiabá, Wilson Santos, que atingiu o terceiro lugar na corrida pelo Palácio Paiaguás.
A escolha dos novos representantes do diretório estadual do PSDB ocorre no dia 17 de abril. Em março, serão escolhidos os presidentes dos diretórios municipais e em maio os integrantes da direção nacional que atualmente é comanda pelo senador Sérgio Guerra (PE).
Em Mato Grosso, concorrem a presidência além de Luiz Soares, o deputado estadual Guilherme Maluf e o ex-prefeito de Sinop, Nilson Leitão.
