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Lúdio insiste em pesquisa por amostragem em MT para saber se maioria está imune ao Covid

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Só Notícias/Marco Stamm (foto: arquivo/assessoria)

O deputado estadual e médico sanitarista Lúdio Cabral (PT) insiste na realização de uma pesquisa por amostragem, chamada de inquérito de soroprevalência, para saber a real dimensão da contaminação da população mato-grossense pelo novo Coronavírus e descobrir se o Estado está próximo de atingir a imunidade de rebanho. O parlamentar requereu o financiamento da pesquisa – a ser desenvolvida pelas universidades públicas em Mato Grosso – para a Assembleia Legislativa no começo de julho, mas ainda aguarda resposta.

A imunidade de rebanho é atingida quando grande parte da população é contaminada por um vírus e, naturalmente, se torna imune. Lúdio passou a cogitar a possibilidade nesta semana depois de analisar os números de contaminação da Covid-19 em Mato Grosso, com base nos dados da última semana epidemiológica de 19 a 25 de julho. Ele constatou que a epidemia chegou a um pico no estado na semana anterior, em 11 de julho, e desde então os números mantêm-se num platô, com média diária de 1.052 casos novos.

“Temos tido, nos últimos 14 dias, uma média diária de 1.052 casos novos de Covid, 40 óbitos e a necessidade de 50 novos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O pico da pandemia em Mato Grosso pode estar ocorrendo na forma de um platô. Os números mostram que estamos há duas semanas mantendo um platô na curva epidêmica, com número alto de casos”, analisou.

Os números, o próprio governo admite, podem estar subnotificados em até dez vezes. Para ter a real dimensão do contágio é que o deputado defende o inquérito de soroprevalência, com aplicação de testes sorológicos em amostras da população, como fez a Universidade de Pelotas em todo Brasil no começo da pandemia.

“A única coisa que evitará uma nova subida no número de casos de Covid-19 é se já alcançamos algum grau de imunidade comunitária, a imunidade de rebanho. A própria existência do platô nesses níveis é um sinal de uma taxa de contágio alta encontrando resistência em uma provável imunidade de rebanho. Um inquérito de soroprevalência na população do estado nos ajudaria a responder isso, pois os números oficiais são apenas a ponta do iceberg, uma amostra pequena do número real de casos e ainda sujeita às variações na forma de alimentação do banco de dados estadual”, explicou.

Além do inquérito de soroprevalência, Lúdio defende a ampliação dos testes RT-PCR e a mobilização da atenção primária para atender e monitorar os pacientes na fase inicial da doença.

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