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Lobista nega ter recebido R$ 1 milhão de propina para “parar de importunar”

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Apontado como beneficiário de R$ 1 milhão por determinação do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), Rowles Magalhães, que atuou como lobista no processo de escolha do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) como modal a ser implantado em Cuiabá e Várzea Grande, negou ter recebido qualquer dinheiro. Ele afirmou que já solicitou a seu advogado para que encaminhe uma petição à Justiça Federal para poder se apresentar e esclarecer que em nenhum momento recebeu recursos envolvendo o VLT.

Conforme a Polícia Federal, o pagamento do R$ 1 milhão foi feito para que o lobista “parasse de importunar”. O dinheiro usado na operação teria como origem propina recebida pelo ex-secretário Maurício Guimarães, junto a empresários ligados à extinta Secretaria Extraordinária Estadual da Copa (Secopa). A transferência teria ocorrido por intermédio do empresário Ricardo Padilha de Bourbon Neves, mais conhecido como Ricardo Novis Neves. “Todos os envolvidos tinham ciência da origem ilícita dos recursos”, afirma o delegado da Polícia Federal Wilson Rodrigues de Souza Filho.

“Eu não tenho o que falar, fui surpreendido por algo que não fiz, jamais recebi esse valor. Se para cada pessoa que encher o saco’ ou ‘importunar’ os outros começarem a pagar R$ 1 milhão, esta vai ser uma nova profissão”, destacou Magalhães ao rejeitar a tese levantada pela Polícia Federal.

Em 2011, Rowles representava o fundo Infinity, que tinha interesse na implantação do VLT em Cuiabá e Várzea Grande. Ele teria participado de um encontro entre Silval e outros políticos com representantes da Ferconsult, especialista em projetos de transportes públicos, em Portugal, e atuado na doação do pré-projeto de implantação do VLT, avaliado em R$ 14 milhões, ao Governo do Estado, com a intenção de conseguir a mudança no modal escolhido, substituindo o Bus Rapid Transport (BRT), que seria implementado antes da substituição da matriz.

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