Além do governador Mauro Mendes que considerou, sábado, a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro como “injusta” e que “não há mal que dure para sempre” e “minha solidariedade ao presidente Bolsonaro e a sua família”, diversas lideranças mato-grossenses também criticaram a decisão do ministro Alexandre de Moraes da prisão preventiva por tentativa de romper a tornozeleira eletrônica, atitude interpretada por Moraes como possível tentativa de fuga. Ele está em uma cela da Polícia Federal, em Brasília.
O vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos) declarou que “não há justificativa para medidas desproporcionais. O Brasil acompanha. A verdade virá”, manifestou. “Estamos diante de uma ferida aberta na alma do país. A dor de quem sofre sem culpa é mais profunda de qualquer sentença. A verdade não se intimida e, quando vier, mostrará o erro que está sendo cometido. Todos sabem que o presidente Bolsonaro está com sua saúde debilitada. É realmente necessário chegar a esse ponto ?”, questionou. “Minha solidariedade à família. Mantenha sua fé, presidente. Mato Grosso e o Brasil acreditam na sua força”.
O senador Wellington Fagundes (PL) expressou “total solidariedade ao ex-presidente Jair Bolsonaro diante dos fatos que levaram à sua prisão. Trata-se de uma ação que preocupa milhões de brasileiros por seus efeitos sobre o ambiente político e a confiança nas instituições. Reafirmo minha defesa incondicional do devido processo legal, das liberdades individuais e do direito de toda liderança política se manifestar sem sofrer perseguição ou restrições indevidas. O Brasil precisa de serenidade, respeito às garantias constitucionais e segurança jurídica, não de medidas que ampliem tensões e aprofundem divisões”.
O deputado federal Jose Medeiros (PL) criticou a decisão de Moraes. “Mantendo o script de uma condenação baseada em em um ato ou uma tentativa de “golpe” que nunca ocorreu, Alexandre manda prender Bolsonaro por uma tentativa fuga que nunca ocorreu. É o fim do direito”. Ele também defendeu “anistia já, ampla, geral e irrestrita. Seguiremos denunciando e lutando contra os absurdos de Alexandre de Moraes.
A deputada federal coronel Fernanda, coordenadora da bancada de Mato Grosso, no Congresso, disse que “prender preventivamente alguém que já cumpre domiciliar e está fragilizado é um abuso que fere a lógica jurídica. Fazer isso num sábado, com o Congresso parado, evidencia motivação política e tentativa de fugir do olhar público. Justiça não é instrumento de conveniência, é um princípio que está sendo distorcido. Bolsonaro livre”, postou, em sua rede social.
O prefeito de Rondonópolis, Claudio Moraes, disse que foi “dia terrível !. Ver qualquer pessoa padecendo injustamente machuca quem tem o mínimo de senso de justiça. Amar o Brasil e os brasileiros custa muito caro no nosso país. Deus te guarde presidente Bolsonaro”.
A prefeita de Várzea Grande, Flavia Moretti, declarou, em sua rede social, que a “história mostra que toda mudança real enfrenta resistência, e o Brasil está vivendo isso mais uma vez. A prisão do ex-presidente acontece no exato momento em que outros temas graves surgem no cenário nacional. Não é coincidência. Cada cidadão merece olhar os fatos com calma e tirar suas próprias conclusões”.
O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini, que havia solicitado autorização para se encontrar com Bolsonaro, há poucos dias, fez várias postagens defendendo o ex-presidente e com críticas a decisão de prendê-lo preventivamente.


