quarta-feira, 2/julho/2025
PUBLICIDADE

Levantamento do TCE aponta mais de 3,7 mil obras paralisadas em Mato Grosso

PUBLICIDADE
Só Notícias (foto: arquivo/assessoria)

O Tribunal de Contas de Mato Grosso informou, esta tarde, que o levantamento de conformidade constatou mais de 3,7 mil obras paralisadas, de responsabilidade de 139 prefeituras e algumas do governo do Estado. Houve desembolso de R$ 5,4 bilhões por parte dos poderes executivos estadual e municipais, faltando ainda o montante de R$ 3,8 bilhões para conclui-las. Relatado pelo conselheiro João Batista de Camargo Júnior, o levantamento buscou analisar as obras paralisadas no Estado, conforme objetivo definido no plano anual de fiscalização para o exercício do ano passado.

O TCE determinou o encaminhamento do acórdão e do relatório técnico do levantamento para que sejam identificadas as causas e promovidas ações que viabilizem a retomada das obras paralisadas, aos prefeitos, presidentes de câmaras ao governo do Estado, secretários de Infraestrutura e Logística, de Educação, de Saúde e de Segurança Pública, Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), ao presidente da Assembleia Legislativa e, por sugestão do Ministério Público de Contas (MPC), à Rede de Controle do Estado.

Conforme o conselheiro, com esse levantamento foi possível concluir que os gestores não têm observado sua disposição legal, uma vez que, a cada novo exercício, novos projetos de investimento são iniciados, enquanto os antigos permanecem paralisados e não são concluídos. “Nesse sentido, mostra-se indubitavelmente necessária a comunicação aos Poderes Legislativos correspondentes, a fim de que realizem fiscalização de cada jurisdicionado e impeçam o início de novos projetos ou, se for o caso, responsabilizem os que deram causa ao descumprimento legal”, sustentou o relator.

Em seu voto, aprovado por unanimidade, o relator fez questão de destacar a função instrumental de um levantamento, que é realizar diagnósticos e identificar fragilidades para determinar a adoção de medidas corretivas e, então, propor melhorias aos jurisdicionados, a fim de aprimorar a prestação do serviço público. Para o estudo, a equipe técnica da Corte de Contas se utilizou da base de dados do Sistema Geo-Obras, com o uso da ferramenta Qlik Sense.

O presidente do TCE, conselheiro Guilherme Antonio Maluf, sugeriu que a corte de contas faça uma ampla discussão sobre uma responsabilização específica aos gestores que não tomarem providências quanto a obras paralisadas. “Esses levantamentos necessitam de desdobramento, precisamos ir além e avaliar a possibilidade de que municípios que não tomarem providências quanto às obras paradas tenham as contas reprovadas, por exemplo”. Ficou definido que o assunto será debatido em reunião do colegiado.

A corte determinou ainda aos gestores responsáveis que mantenham os dados atualizados no Sistema Geo-Obras, evitando “falsos positivos” na interpretação dos dados, bem como recomendou ao Poder Legislativo de cada jurisdicionado a observação e o respeito ao art. 45 da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), ao analisar a Lei de Diretrizes Orçamentárias, o Plano Plurianual e a Lei Orçamentária Anual, impedindo a aprovação de novos projetos de obras na existência de empreendimentos iniciados e não concluídos, informa a assessoria.

COMPARTILHE:

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

Governo de Mato Grosso anuncia criação de plano estratégico para inteligência artificial

Mato Grosso está se posicionando entre os estados pioneiros...

Avança projeto de deputado mato-grossense criminalizando posse de celular em presídios

A Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados...

Prefeito propõe reajuste de 11,93% no salário de professores em Alta Floresta

O prefeito Chico Gamba, acompanhado do vice-prefeito acompanhado de...

Pontes de madeira serão substituídas por galerias de concreto em Matupá

O prefeito Bruno Mena (União) vistoriou as obras que...
PUBLICIDADE