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Leitão volta a cobrar da Funai suspensão de novas áreas indígenas em MT

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O líder da Minoria na Câmara, deputado Nilson Leitão (PSDB-MT) cobrou, esta tarde, a presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Maria Augusta, que sejam suspensas as demarcações de terras indígenas em Mato Grosso, demais Estados. Ele advertiu a presidente que o momento é precioso para estabelecer um diálogo, podendo assim, formar uma estrutura de trabalho para determinar com maior clareza quais as áreas são de fato procedentes de tribos indígenas.

Os deputados explicaram que a interpretação feita sobre a intenção da Câmara está sendo equivocada. O congresso não está contra ninguém, apenas deseja discutir o assunto com clareza para encontrar uma política que seja favorável ao índio sem prejuízo da outra parte envolvida. "A Funai tem que reconhecer que o modelo utilizado até agora está vencido. É preciso no mínimo cumprir o que a presidente anunciou publicamente, suspender as demarcações e mudar o processo de atuação", defende o deputado.

Há apreensões de prefeitos, presidentes de associações ligadas ao comércio e agronegócio com redução de áreas dos municípios e impactos na economia com a criação de mais reservas indígenas em Mato Grosso.

O assunto vem sendo pauta há anos, mas teve seu acirramento nos últimos dez, onde famílias foram desapropriadas e os conflitos começaram a gerar mortes. Houve audiências com o vice-presidente, Michel Temer; com a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, além de órgãos envolvidos, foram elaboradas para tratar sobre o assunto, mas nenhuma soluções cabível foi implementada até o momento.

Em agosto do ano passado, Leitão, apresentou ao Ministro Cardozo uma proposta de criação de um grupo de trabalho para debater com profundidade a situação de demarcações e ampliações, além dos direitos indígenas e dos produtores, podendo assim chegar a um consenso coerente para ambos os lados.

"A proposta inicial era criar esse grupo de trabalho e buscar soluções, mas nosso pleito não foi atendido. Nós estamos dispostos a visitar áreas em todo o território nacional para debater, fazer estudos e mostrar que é possível chegar a um acordo. Precisamos por fim as guerras que estão acontecendo, se não, vai radicalizar para um dos lados", explica Leitão.

A presidente da FUNAI se comprometeu a visitar os Estados junto com os parlamentares, colocando o órgão a disposição para participar dos debates. De acordo com Maria Augusta "é preciso abrir a questão para o debate para que seja possível ajudar o Brasil diante desse impasse".

Participaram da audiência o deputado e presidente da Comissão de Integração e Desenvolvimento Regional da Amazônia (Cindra), Jerônimo Goergen, o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Luis Carlos Heinze, e o deputado Márcio Junqueira.

 

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