A promotora da Comarca de Sinop, Lais Furlin, disse ontem, em entrevista, que foram apreendidos, durante a Operação Navalha, R$ 25 mil, mil dólares e vários cheques de algumas pessoas de Sinop, na casa do prefeito Nilson Leitão, além de cópias de ordem de pagamento. O montante chegaria a R$ 450 mil. Não foram informados os valores detalhados dos cheques, nem quem os emitiu e as datas de emissão. Estavam em um cofre apreendido pela Polícia Federal, que informou o Ministério Público de Sinop.
O prefeito Nilson Leitão está retornando de viagem e, disse, agora há pouco, ao Só Notícias, que a promotora “está equivocada em suas informações e fazendo julgamento precipitado. O Ministério Público Federal está há 30 dias com todas as documentações que a promotora que me acusa não teve acesso”, afirmou. “Assim que chegar a Sinop e me inteirar das colocações que foram feitas vou esclarecer esta questão dos cheques, mas adianto que não há crime algum”, acrescentou.
A promotora foi quem pediu ação civil pública para que o prefeito e funcionários da prefeitura, que participaram do processo de licitação das obras da rede de esgoto, bem como 7 funcionários da empreiteira Gautama, sejam obrigados a indenizar o município em R$ 20 milhões. O MPF e o STJ investigam se houve fraudes e direcionamento na licitiação para que a Gautama fosse vencedora (a empresa integra o Consórcio Xingu, da qual uma empreiteira de São Paulo também venceu a licitação) em troca de suposta propina.
A Polícia Federal ainda não ofereceu denúncia ao Judiciário contra os 47 acusados na Operação Navalha.
(Atualizada às 08:51hs)
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