O presidente do PSDB Mato Grosso, deputado federal Nilson Leitão, afirmou que vê com naturalidade o afastamento do mandato e consequentemente da presidência da Câmara Federal, do colega Eduardo Cunha (PMDB/RJ), pelo Supremo Tribunal Federal hoje. A decisão liminar do ministro Teori Zavascki foi mantida pela maioria dos ministros, agora há pouco. Ainda cabe recurso.
Leitão lembrou que o STF já tinha conhecimento das atuações de Cunha. “Vejo com naturalidade. O Supremo já estava com a denúncia na mão, sabia de todas as interrupções em relação à investigação ( na Operação Lava Jato), das manobras do Conselho de Ética para não ser cassado. Uma coisa não justifica a outra, mas não se pode negar que ele teve papel importante para o processo e impeachment da presidente Dilma (Rousseff). O STF segue o rito normal. A liminar foi concedida e rapidamente confirmada”, disse ao Só Notícias.
Nilson reforçou que o afastamento de Cunha foi recebido com “choque” na Câmara. “Eduardo Cunha amanheceu presidente da Câmara e vai terminar à noite sem mandato. Claro que é um choque, mas o primeiro vice-presidente, Waldir Maranhão (PP-MA) tem cinco sessões para convocar a eleição para o novo presidente”.
O STF afastou Cunha atendendo pedido da Procuradoria-Geral da República, que listou 11 motivos, entre eles, que estava prejudicando investigações. Ele já é réu na operação Lava Jato, como o primeiro vice-presidente.
