O deputado federal Nilson Leitão (PSDB-MT), líder da Minoria e coordenador de Assuntos Institucionais da Frente Parlamentar da Agropecuária na Câmara, participa até o próximo dia 22 de uma missão técnica oficial à Nova Zelândia e Austrália. O compromisso internacional tem por objetivo conhecer a tecnologia utilizada pelo setor produtivo dos países que estão entre os de melhor IDH no mundo.
A primeira parada da comitiva brasileira, coordenada pelo secretário-adjunto da Agricultura e da Pesca de Santa Catarina, Airton Spies, foi na Nova Zelândia, país com pouco mais de 268.000 Km² e que detém o quinto melhor IDH do mundo. A ex-colônia inglesa é conhecida como a "Meca do leite" por liderar a exportação mundial de lácteos de alta qualidade a custos competitivos embora seja o quarto país em volume de produção.
A visita em propriedades rurais e centros de pesquisa chamaram a atenção de Nilson Leitão, sobretudo, pela forma como os produtores neozelandeses trabalham a pecuária leiteira. "As propriedades tem em média 200 hectares. A área de pastagem é tratada com manejo e a gramínea (pasto) como se fosse soja. O conceito é de que o negócio deles é o pasto, o animal é consequência. Da mesma forma tratam o meio-ambiente com o conceito de proteger usando, ou seja, usando de forma consciente, não destrói", disse Leitão, nesta segunda-feira à tarde.
O sucesso do setor é creditado à política local onde não há interferência do governo. A administração do fundo para produção agropecuária, por exemplo, é gerido pela iniciativa privada, não tem incentivos fiscais, mas tem livre arbítrio, o que eleva a competitividade interna e externa.
"Ao analisarmos como as coisas funcionam na Nova Zelândia, fica claro que concentrar recursos nas mãos do governo diminui a eficiência e aumenta a corrupção, infelizmente o caso do nosso país", lamentou Nilson Leitão.
Além da visita às propriedades, órgãos do governo e universidades, a comitiva brasileira deve participar da "Feira Agropecuária de Christchurch" e visitar o instituto que lidera estudos de melhoramento genético, outro ponto no qual a Nova Zelândia é destaque mundial.
Na Austrália, a missão vai visitar sistemas de produção irrigada, identificação e rastreamento de animais, pecuária de corte, ovinocultura, gestão de suínos e manejo de resíduos da atividade no meio ambiente.
A missão na Oceania conta com apoio da Lincoln University.


