As dezenas de pousos e decolagens cancelados pelas condições climáticas e os voos noturnos suspensos por tempo indeterminado, tem causado revolta aos usuários do transporte aéreo em Sinop – a maior cidade da região Norte, que veem morosidade da administração municipal em resolver o problema. Entre os críticos da situação está o deputado federal Nilson Leitão (PSDB), que teme que as conquistas dos últimos 10 anos se percam pela falta de foco da atual gestão. “Quando assumi a prefeitura de Sinop em 2001, o aeroporto estava interditado. Conseguimos a liberação e lutamos nos anos seguintes para que as companhias aéreas passassem a ter voos regulares na região. Investimos na modernização com um novo terminal e criamos as condições para que a população pudesse usufruir da rapidez e comodidade do transporte aéreo. Infelizmente a falta de foco da atual gestão pode colocar tudo a perder”.
Com a chegada de aeronaves maiores e por ser um setor que demanda investimentos contínuos, a crítica de Leitão é pontual. Para ele, a primeira providencia deveria ter sido a de garantir a segurança dos voos, sobretudo no período de chuvas, quando acontece o maior número de cancelamentos de voos.
A questão só pode ser resolvida com a compra de equipamentos de navegação aérea que permitam voo por instrumentos ou IFR (Instrument Flight Rules) no jargão aeronáutico. Atualmente os pilotos fazem apenas o voo visual (VFR – Visual Flight Rules). Ampliação do terminal, da pista e elevação da capacidade de voos, são consequência do dever de casa, argumenta Leitão.
“O prefeito Juarez Costa comete crime quando em nome da promessa do governo federal em investir R$ 100 milhões no aeroporto de Sinop, deixa de buscar o básico que é garantir a segurança dos voos, o que é controverso; afinal, sem as condições mínimas para operar em Sinop, as companhias partem para outras cidades, levando com elas investidores que precisam, sobretudo, de rapidez para se locomover. O investimento, se é que vai acontecer, dado o histórico de calote do governo federal, fica perdido.”
Além da demora em buscar a solução no quesito segurança, a prefeitura também demorou para regularizar a questão ambiental que impedia a liberação das licenças para obras, o que só aconteceu recentemente.
Para tentar reverter o prejuízo causado aos usuários do transporte aéreo, Nilson Leitão se reuniu recentemente com o assessor parlamentar da Agência Nacional de Aviação Civil – ANAC, George Alex Lima de Souza, e o assessor da presidência da companhia Azul, Ronaldo Veras.
Nilson Leitão articula audiência com o Ministro da Aviação Civil para discutir a questão.
(Atualizada às 10h10)