Os delegados da Polícia Federal Diógenes Curado (Mato Grosso) e Flávio Zampronha (Brasília) foram nesta tarde à sede da Justiça Federal de Mato Grosso para entregar documentos ao juiz da 2ª Vara de Cuiabá, Jéferson Schneider. Com eles, um investigador da PF tinha em mãos duas sacolas. Em uma delas estava escrito: Darci Vedoin e na outra, Luiz Vedoin. Dentro das sacolas transparentes era possível observar fitas de vídeo, CDs, disquetes e extratos bancários.
Segundo informações da PF, esse material foi apreendido no dia 15 de setembro, nas casas de Darci, Luiz Antônio e Ivo Espínola – cunhado de Luiz. O juiz pedirá para ouvir novamente Luiz Antônio.
Questionado sobre as investigações sobre a origem do dinheiro, Zampronha afirmou que os dados estão chegando à PF por meio de informações de bancos e do Banco Central. Já as informações sobre os doleiros estão vindo do Banco Central, conforme Zampronha. O delegado afirmou que inúmeras pessoas constam na lista de sacadores, apesar de achar esta informação irrelevante. Os sacadores são pessoas físicas, jurídicas e casas de câmbio. Ele disse que as investigações sobre os US$ 110 mil do R$ 1,7 milhão que seria usado para comprar o dossiê já estão em fase conclusiva. No total, foram usados US$ 200 mil no pagamento, mas apenas a metade pôde ser rastreada.
Zampronha afirmou ainda que não tem informação a respeito de serem as mesmas pessoas que sacaram os dólares e os reais. As casas de câmbio, de vários Estados, que adquiram dólares do Banco Sofisa, já estão sendo investigadas. O delegado retorna ainda hoje para Brasília.