O nome do governador de Mato Grosso, Blairo Maggi, está entre os cinco governadores eleitores na qual a Justiça Eleitoral pediu a rejeição do relatório de gastos. A recomendação para os tribunais regionais eleitorais (TREs) rejeitarem as contas (o prazo para votação expira na próxima segunda-feira) se deu, na maioria dos casos, pelo mesmo motivo alegado pelos técnicos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em relação a Lula: constatou-se gastos não declarados e doações supostamente irregulares de empresas que mantêm concessões públicas.
A equipe técnica do TRE-MT diz que rejeitou as contas de Maggi porque o atual governador gastou R$ 100 mil sem declarar a origem do dinheiro. Os técnicos também apontaram que “houve omissão de despesas com pessoal, os chamados funcionários de campanha, da ordem de R$ 195 mil”. Além disso, ele deixou de pagar 26 funcionários de campanha no mês de julho, afirmam os técnicos. Segundo o TRE, Maggi deixou de apresentar o “diário de bordo” com anotações sobre o itinerário de suas viagens.
O coordenador da campanha deste ano de Maggi, Luiz Antonio Pagot, segundo a Folha Online, afirmou nesta quarta-feira que a comissão técnica do TRE está equivocada. “Essa informação está furada. Não existe. Não precisa falar com advogado, não. Deve ter alguma esperteza por trás disso. Estão absolutamente corretas” – disse Pagot.
O deputado federal Pedro Henry (PP-MT), acusado e absolvido de envolvimento com o mensalão e cuja cassação foi pedida pela CPI dos Sanguessugas, também teve as contas rejeitadas. Para os técnicos do TRE-MT, o deputado omitiu gastos, como os relativos a viagens de avião dentro do Estado. Os técnicos calculam que, nesse item, Henry deveria ter declarado uma despesa de R$ 75 mil com “deslocamento aéreo”, mas informou ter gasto R$ 24 mil.