O Tribunal Regional Federal concedeu hoje à tarde habeas corpus para a ex-assessora do Ministério da Saúde Maria da Penha Lino, acusada pela Polícia Federal de fazer parte do esquema da Planam – empresa que vendia ambulâncias superfaturas para prefeituras, através da destinação de emendas parlamentares. Penha Lino é acusada de ser o braço da quadrilha dentro do Governo Federal. Os desembargadores concluíram que ela não oferece mais perigo para as investigações e poderá esponder processo em liberdade
Penha foi presa em Brasília, no dia 4 de maio, e recambiada para Cuiabá onde a Polícia Federal centralizou as operações pelo fato da empresa Planam, que vendia as ambulâncias para as prefeituras, estar sediada na capital mato-grossense. Maria Penha Lino prestou depoimentos na Polícia Federal e seu advogado, Eduardo Mahon, chegou a falar na existência de uma lista com 283 parlamentares que tiveram algum relacionamento com a Planam. Ela também depôs na Corregedoria da Câmara dos Deputados pelo fato de vários deputados, inclusive alguns de Mato Grosso, terem sido citado em possíveis envolvimentos com o esquema.
O TRF não concedeu liberdade para o empresário Darci Vedoim, o chefão da Planam, que continua preso em Cuiabá.
A Procuradoria Geral da República pediu autorizou e o Supremo tribunal Federal concedeu para processar 15 deputados federais – dentre eles estaria o mato-grossense Pedro Henry. Os deputados Lino Rossi e Ricarte de Freitas Junior também têm seus nomes citados em conversas gravadas pela Polícia Federal. Ricarte está na lista dos 17 deputados que a Corregedoria da Câmara dos Deputados pretende ouvir explicações sobre o caso.