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Júlio Campos se excede e chama ministro do STF de ‘moreno escuro’

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O deputado federal Júlio Campos (DEM-MT) provocou constrangimento na reunião da bancada do partido na Câmara nesta terça-feira (22) ao chamar de “moreno escuro” o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa. Campos lançou mão da expressão ao criticar a eficácia do foro privilegiado destinado às autoridades no país e defender a prisão especial para autoridades, uma das questões polêmicas em debate na reforma do Código Penal, que está prestes a ser votada na Casa.

“Essa história de foro privilegiado não dá em nada. O nosso Ronaldo Cunha Lima [ex-deputado e ex-governador da Paraíba] precisou ter a coragem de renunciar ao cargo para não sair daqui algemado, e, depois, você cai nas mãos daquele moreno escuro lá no Supremo, Aí, já viu”, afirmou Campos.

Ao G1, o deputado disse que não desdenhou do ministro nem usou a expressão “com maldade”. Ele afirmou que, naquele instante, não lembrou do nome de Joaquim Barbosa. “Eu falei: ‘o ilustre ministro moreno escuro”, que não me lembro o nome. Não foi com nenhuma maldade. Não foi desdém com ninguém. Foi porque eu não me lembrava”, justificou o deputado.

Citado por Campos, o ex-deputado Ronaldo Cunha Lima foi acusado de tentar matar o ex-governador da Paraíba Tarcísio Burity. Lima renunciou ao mandato de deputado para não ser julgado em processo que tramitava no STF justamente sob a relatoria de Joaquim Barbosa.

Campos é um dos parlamentares do DEM que cogita deixar o partido para migrar para a nova agremiação política criada pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), o Partido Social Democrático (PSD).

Outro lado
Júlio encaminhou nota à imprensa, no início da noite, expoindo que, “para evitar possíveis constrangimentos e interpretações dúbias, o deputado Júlio Campos já fez contato com o chefe de gabinete do ministro Joaquim Barbosa, Drº Marco Aurélio e pediu que sejam passadas desculpas ao magistrado por eventuais constrangimentos referentes ao que foi divulgado pela mídia, mas deixou bem claro que não houve o interesse em desprestigiá-lo”.

O parlamentar também se posicionou na ocasião contrário ao Foro Privilegiado por acredita que ele é uma utopia, enquanto outros processos passam por quatro instâncias, o Foro Privilegiado passa somente por uma. No entanto, entende que deve ter direito à prisão especial autoridades civis, militares, eclesiásticas devidamente constituídas.

(Atualizada às 20:24h)

 

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