quinta-feira, 9/maio/2024
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Júlio Campos diz que Pedro Taques errou desde início de sua gestão

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O ex-governador e ex-deputado federal, Júlio Campos (DEM), disse que a gestão do governador Pedro Taques (PSDB) “podia estar muito melhor, se ele tivesse uma abertura mais franca de diálogo” e também ouvido pessoas experientes. A declaração foi dada em entrevista à rádio Capital FM, esta manhã.

Na avaliação de Júlio, Taques errou desde o início, quando não consultou seus aliados para formar seu secretariado. “O erro começou desde o início, quando ele formou um governo individualista, sem ouvir os seus amigos que participaram da sua campanha, os partidos que lhe apoiaram, as sugestões que poderia receber. Ele, ao anunciar o secretariado, nenhum partido teve direito de indicar nenhum”.

A mudança de postura do governador, segundo Júlio Campos, só ocorreu depois que Pedro Taques começou a sentir dificuldades junto ao Poder Legislativo, quando deputados cobraram maior participação no Executivo. “Depois que ele sentiu que estava com dificuldades, tendo relacionamento difícil com a Assembleia Legislativa, ele resolveu dar essa abertura no final do ano passado, convocando algumas pessoas políticas para participar do governo”.

Apesar disso, Campos destaca que seu partido, o Democratas (DEM), ficou de fora e só tem um filiado com cargo no Executivo por questões técnicas. “Nós, o DEM, não temos nenhum secretário de Estado filiado ao nosso partido e nunca fomos chamados nem pra indicar, nem pra participar. Há um cidadão do DEM que foi nomeado presidente do Intermat no final do ano passado, que era do PSB, o Cândido Teles. (…) O governador o conheceu, viu a competência dele e convocou ele sem indicação, foi uma convocação técnica”.

Mesmo reconhecendo a tentativa de recuperação do governador Pedro Taques, Júlio Campos acredita que já se perdeu muitos aliados. “Eu acho que o Pedro, vindo dessa situação, resolveu abrir mais, conversar, mas nós já perdemos muitas pessoas boas, aliados de primeira hora, que participaram do comitê central da campanha e hoje não estão mais no seio governamental, como o professor Osvaldo Sobrinho, do PTB, o Chico Galindo, do PTB, Pivetta, que era do PDT, o nosso companheiro Percival Muniz, de Rondonópolis. Então, muita gente que estava lá no comitê central, hoje em dia não está mais no dia-a-dia do governo, não dá mais sugestão”.

Lembrando sua experiência enquanto chefe de Estado, Júlio Campos ponderou que mesmo com os problemas apontados, Pedro Taques ainda tem chances de se reeleger pelo fato de estar no poder.

“Qualquer governador tem 30% de apoiamento na sociedade. 70% é contra, mas 30% é a favor. Então, no processo político-eleitoral, se ele for disputar reeleição, ele já sai com 25% a 30%. É certeza”.

Júlio ainda elencou os passos que devem ser seguidos caso o governador queira fortalecer seu nome para a disputa eleitoral em 2018. “Ele tem muita chance se, daqui pra frente, ele fizer um reentrosamento político, como ele está se esforçando pra fazer. Não sei se vai dar certo. E fazer com que sua administração deslanche realmente, no sentido de concluir as obras que estão em andamento e lançar obras importantes que ainda podem ser começadas e que dão um visual do governo”.

Outro ponto positivo para a campanha eleitoral de Taques, na avaliação de Júlio Campos, é a própria oposição, que não viabilizou até o momento um candidato. “O governador pode até recuperar e ter chances de ganhar uma eleição porque o quadro dos opositores também está muito fraco. Por enquanto, a oposição de Mato Grosso está muito desminguelada, você não vê um quadro forte”.

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