sexta-feira, 3/maio/2024
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Juíza de Cuiabá nega pedido para se afastar de processo

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A juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Selma Arruda, negou um segundo pedido de exceção de suspeição protocolado pelo advogado Lázaro Moreira Lima para considerar-se suspeita na ação penal relativa à operação Castelo de Areia. De acordo com as investigações da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) que culminou em denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), o advogado é suspeito de integrar uma organização criminosa que aplicava golpes financeiros em empresários na ordem de até R$ 50 milhões.

Lázaro Moreira Lima é irmão do ex-vereador e ex-presidente da Câmara de Cuiabá, João Emanuel, que está preso preventivamente e é réu na mesma ação penal. Para requerer a suspeição da magistrada, o advogado alegou parcialidade devido ao pedido de abertura de procedimento administrativo junto a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para apurar a suspeita de desvio de conduta, vazamento de informações sigilosas, decretação de sigilo dos processos criminais para dificultar a defesa e ainda a suspeita de que o seu irmão, João Emanuel, teria planejado a morte da magistrada por meio de um atentado.

Lázaro Moreira Lima ainda citou a desnecessidade dos mandados de busca e apreensão autorizados contra si e uma suposta ligação da juíza Selma Arruda com o prefeito de Cuiabá Mauro Mendes (PSB), que se daria por pretensões políticas da magistrada.

A magistrada rechaçou todos os argumentos e ainda classificou de descabido o pedido, ressaltando ainda que não nutre nenhuma inimizade ou sentimento de vingança contra o advogado. “Esta julgadora não nutre qualquer sentimento de desforra para com o excipiente. Não houve um episódio sequer em que procedi de forma a tolher ou embaraçar o seu direito ao contraditório e à ampla defesa. Desse mesmo modo continuarei a proceder, em cumprimento ao meu dever de ofício”, diz um dos trechos.

A juíza Selma Arruda ainda negou que tenha alguma pretensão política que possa lhe impedir de atuar em determinadas ações penais. “Esta julgadora não tem e nunca teve qualquer ligação política ou preferências por quaisquer partidos políticos ou pessoas ligadas ao meio político, de modo que as alegações do excipiente não passam de meras ilações”.

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