A juíza da Segunda Vara da Comarca de Nova Mutum, Luciana de Souza Cavar Moretti, prorrogou por mais 180 dias o afastamento do vereador Leomário Taborda (PSD) da presidência da Câmara de Vereadores de Santa Rita do Trivelato (da qual está fora desde julho do ano passado) ou até o fim da instrução processual. É a terceira vez que o período é ampliado em desfavor dele, em ação de improbidade administrativa. Ele é acusado pelo Ministério Público Estadual de comprar por R$ 48 mil o apoio do ex-presidente Ito Pires de Camargo (PSD), que também está sendo processado, para poder ficar à frente do Legislativo neste biênio, em 24 parcelas de R$2 mil. R$24 mil de cada também foram bloqueados.
Só Notícias teve acesso à decisão da magistrada, na qual atendeu ao pedido do Ministério Público. “Analisando os autos, verifica-se que se faz necessário o deferimento da prorrogação do afastamento. Explico. Nos vídeos que acompanham a representação ministerial, o requerido Leomário acusa durante sessão ordinária na Câmara Municipal, o membro ministerial de ser mentiroso, em uma tentativa de enfraquecer as imputações que recaem sobre sua pessoa, bem como extrai-se dos autos que este tentou utilizar-se da imprensa com o objetivo de pressionar a magistrada que prolatou a decisão que determinou seu afastamento”.
A juíza ainda apontou em transcrição o que o vereador disse em gravação acostada nos autos. “[…] todo mundo contrariado, a população estaria cobrando nós duro, nós tem que por na imprensa para juíza dar os pulo dela, porque a hora que a mídia pegar, ela tem que fazer esse despacho ai logo”.
Leomário já negou os apontamentos do MP nos autos, qualquer irregularidade e que também tenha comprado apoio. Declarou que as notas promissórias apontadas como supostas provas, eram um carro cuja compra nem chegou ser feita, junto à Ito. Apontou que elas estavam no gabinete da então presidência e sumiram, reforçando que iria começar a pagá-las. Por outro lado, Ito também negou nos autos todas as acusações.