segunda-feira, 29/abril/2024
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Juiz questiona Blairo Maggi sobre fiscais presos na operação ‘Carne Fraca’

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O juiz federal Marcos Josegrei enviou na sexta-feira (12), um ofício ao ministro da Agricultura, Blairo Maggi, para que ele informe se algum dos 19 fiscais presos na Operação Carne Fraca, deflagrada em março de 2017, que estão em liberdade provisória, retornou ao trabalho, de forma ilegal, já que eles estão impedidos de exercer suas funções públicas.

“Chegou ao conhecimento deste Magistrado que preside os processos relacionados à denominada Operação Carne Fraca a notícia de os servidores públicos federais vinculados ao Mapa (Ministério da Agricultura, Pesca e Abastecimento) investigados e/ou denunciados neste Juízo teriam retornado às atividades de fiscalização agropecuárias”, escreve Josegrei no ofício endereçado ao ministro

O juiz da 14ª Vara Federal, em Curitiba, afirma que existe “determinação judicial suspendendo o exercí- cio das funções públicas” dos alvos e que “a observância dessa medida cautelar é condição indispensável para a manutenção de suas liberdades provisórias, à vista da natureza dos crimes cujas práticas lhes foram atribuídas”.

Ao todo, 22 servidores do ministério, a maioria fiscais, foram presos pela Carne Fraca acusados de envolvimento em um esquema de corrupção, fraudes em fiscalização envolvendo empresas do setor de carne, entre elas unidades das duas maiores do setor, JBS e BRF.

Dos 22 funcioná- rios da Agricultura presos por ordem de Josegrei, 18 estão em liberdade provisória, um deles, Daniel Gonçalves Filho, apontado como um dos líderes, está em prisão domiciliar, depois de fechar acordo de delação premiada, e 3 ainda estão detidos.

A notícia de retorno ao trabalho dos fiscais chegou ao juiz após ser publicada pelo jornal Valor Econômico e ser reproduzida em site do setor de carnes. Segundo o texto, 10 meses após a operação o ministério “não concluiu as investigações administrativas dos casos dos 33 servidores públicos implicados”, que chegaram a ser “afastados por até 120 dias, mas ainda recebem salários de até R$ 21 mil e só perderam postos de chefia ou gratificações por função de confiança”. “Alguns já voltaram a trabalhar, à medida que foram vencendo os prazos de afastamento. Desde agosto, 9 servidores voltaram a trabalhar e o restante começou a retornar a partir de outubro”.

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