Enquanto os partidos de oposição já se articulam na formação de alianças para a disputa ao Governo em 2014, as siglas da aliança que reelegeu o governador Silval Barbosa (PMDB) tentam a todo custo viabilizar a candidatura do juiz Julier Sebastião da Silva como principal nome à sucessão.
O magistrado, que prefere arrastar a decisão até o prazo final, confirma a sondagem de várias siglas e continua na lista de prioridades do PT, que busca o protagonismo nas eleições do ano que vem tendo como maior pilar a necessidade de um palanque que fortalece a possível disputa à reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT).
Apesar de não conversar com o magistrado há alguns dias, o presidente do diretório estadual do PT, William Sampaio, se mostra confiante na aposta do partido. "Vi que ele está cogitando a possibilidade de sair candidato, isso mostra que fizemos a escolha correta. Continuamos com a prioridade, dentro do partido, de lançá-lo com candidato a governador", ressaltou.
A confiança é tamanha, que o partido evita até mesmo discutir uma lista de nomes para apresentar a aliança. "Só trabalharemos com outro nome se, de fato, Julier não sair da magistratura", disse o petista. Ele pondera que o fato do magistrado estar sendo sondado por outras siglas fortalece o projeto do partido. "Temos certeza de que é um nome a altura de representar a reedição da coligação de 2010, com PT, PMDB, PR, PSD, PP e que faremos um palanque forte para a campanha da presidente Dilma Rousseff (PT) e em condições de dar continuidade ao trabalho que o governador vem fazendo com uma agenda mais voltada para as políticas sociais", explicou.
Caso Julier não aceite o convite formalizado pelo PT desde junho, os principais quadros petistas para a disputa majoritária, segundo Sampaio, são o ex-vereador Lúdio Cabral e o secretário de Estado de Educação, Ságuas Moraes. Neste caso, seu possível retorno para a Câmara Federal poderá fortalecer sua indicação, junto a outros partidos da coligação, para uma disputa majoritária. De acordo com o presidente do partido, como deputado federal, ele teria um canal mais facilitado para que as políticas públicas do governo federal sejam executadas em Mato Grosso.