A empresária e jornalista Edina Araújo, presa em flagrante, nesta segunda-feira e liberada ontem, acusada de suposta extorsão a um empresário em Várzea Grande, classificou como armação o caso de sua prisão. Ela se defende apontando que foi a empresa receber dívidas de anúncios publicitários e da venda de uma mesa para um prêmio. "Além da mensalidade referente ao full banner, o empresário deveria pagar ainda, mesas adquiridas para o evento 4° Top Empresarial – que ocorreu dia 08 de novembro, ao qual compareceu com vários convidados – conforme fotos anexadas nos autos. O empresário devia ainda ao meu esposo, Geraldo Luiz de Araújo, aluguel referente à locação de um ônibus, cujas mensalidades estavam atrasadas", rebate Edina, em nota no seu site, VG Notícias.
"Diante disso, não havia qualquer ilegalidade ou ato ilícito na reunião desejada pelo empresário em sua empresa. Sendo que o mesmo entregou no local quatro cheques – um de sua gráfica e três de suposto cliente. Por se tratar de um empresário que mantinha relações comerciais com o VG Notícias, desde 2012, não foram levantadas quaisquer suspeitas em relação aos cheques entregues por ele. Contudo, ao sair do local, o "circo" estava armado. Os policiais e parte da imprensa aguardavam para registrar uma das maiores arbitrariedades já cometidas. Me prenderam como se eu tivesse recebido os cheques de um empresário que nunca mantive qualquer relação comercial, pelo contrário, denunciei-o por meio de matéria jornalística, pautada em documentos oficiais, bem como, para garantir a lisura e idoneidade da matéria encaminhei as cópias ao Ministério Público Estadual de Contas (MPC)", rebate Edina.
"Portanto, jamais recebi qualquer quantia do empresário que alega ser vítima de extorsão, sendo que os cheques que foram repassados pelo empresário são de negócios lícitos, que podem facilmente ser comprovados tanto pela Polícia Judiciária Civil quanto pelo Poder Judiciário. Se não bastasse o flagrante preparado, o qual será combatido no momento oportuno, a violência e a vingança ao jornalismo sério não pararam por aí. Na Delegacia de Polícia, me deparei com o despreparo e a truculência de alguns profissionais, que não satisfeitos em colaborar com uma arbitrariedade, realizaram agressões físicas contra mim e meu advogado, Rodrigo Araújo – que após tomar conhecimento do flagrante forjado, chegou à delegacia para acompanhar o caso. Ainda, mesmo tendo curso superior fui encaminhada à Unidade Prisional, onde permaneci em uma cela com mais sete reeducandas, não me permitindo um local apropriado conforme determina a lei", expõe a jornalista e empresária.
"O momento de terror que vivenciei acabou quando meu filho, Rodrigo Araújo, meu esposo, Geraldo Araújo, ambos advogados, e minha filha Izabella Araújo foram acompanhados de um oficial de Justiça à penitenciária levar a liminar de soltura concedida pela Justiça. Neste momento, mais uma vez, percebi que Deus está ao nosso lado e vale a pena acreditar no bem, apesar de ter muitas pessoas que trabalham em prol do mal e da corrupção. Ao final do processo certamente a Justiça prevalecerá e ficará provado que toda essa situação fora arquitetada por pessoas que acreditam na impunidade e tem esta jornalista e seu veículo de comunicação como verdadeiros inimigos, em decorrência da linha editorial, que jamais se calará diante da corrupção que assola nosso município", conclui.