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Jayme propõe que parte de lucro dos bancos vai pagar dívidas de 70 milhões de consumidores

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A Gazeta (foto: Só Notícias/Guilherme Araújo)

O senador por Mato Grosso Jayme Campos (DEM) sinalizou com a possibilidade de emendar proposta aprovada pela Câmara dos Deputados que proíbe por 90 das a inscrição do nome de devedores em cadastro de negativados como Serasa, SPC, Receita Federal, entre outros. O objetivo da mudança seria quitar os débitos de 70 milhões de consumidores que têm os nomes negativados.

“Solicitei para minha assessoria um estudo aprofundado e célere quanto à proposta que é valida e essencial neste momento de pandemia, mas gostaria de avançar um pouco mais e acolher a possibilidade do governo federal abrir uma grande negociação e quitar as pendências de mais de 70 milhões de brasileiros, em sua maioria chefes de família, retirando o nome deles dos cadastros negativos e reaquecendo a economia como um todo”, disse o parlamentar.

Para ele, os recursos viriam de parte do lucro dos bancos que superaram os R$ 100 bilhões em 2019. “Somente o lucro líquido dos 4 maiores bancos do Brasil com ações na Bolsa cresceu 18% em 2019, na comparação com o ano anterior. Os ganhos acumulados somaram R$ 81,5 bilhões ante R$ 69,1 bilhões em 2018”, disse Jayme Campos sinalizando que cálculos iniciais apontam que não seria necessário se utilizar o total dos lucros líquidos dos bancos para se devolver crédito para milhões de brasileiros e suas famílias.

O senador democrata apontou que discutiu com o advogado Manoel Antônio Garcia Palma, mais conhecido como Toco Palma, possíveis medidas para voltar a aquecer a economia neste momento de pandemia, na qual o distanciamento social provoca a desaceleração dos setores produtivos. Jayme Campos assinalou que teriam que ser definidas regras rígidas para que os créditos devolvidos as pessoas não fossem um estímulo ao não pagamento de suas pendências ou contas. “O mais importante é que temos a real possibilidade de devolver crédito a milhões de pessoas, que vão pode aquecer a economia em tempos de dificuldades e isto deve permitir a manutenção de empregos e renda”, ponderou o senador.

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