A deputada estadual Janaina Riva (PSD) informou à mesa diretora da Assembleia Legislativa que abre mão de ser presidente ou relatora da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que vai investigar as denúncias de irregularidades nas obras de mobilidade urbana da Copa do Mundo, em especial a de implantação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT).
Segundo a pessedista, a iniciativa se deu para evitar suspeitas sobre a condução da investigação, tendo em vista que seu pai, o ex-deputado estadual José Riva (PSD), foi um dos principais articuladores pela substituição do Bus Rapid Transit (BRT) – modal inicialmente pensado para a Copa do Mundo em Cuiabá – pelo VLT.
“Para ninguém achar que a CPI já teria um destino definido, eu disse que abro mão de participar nesses cargos. Eu só quero ser membro, porque tenho legitimidade para isso. Tive uma votação muito expressiva e acho que tenho muito para contribuir também”, afirmou a deputada que foi uma das primeiras a levantar a discussão sobre a necessidade da investigação.
A definição dos membros da CPI do VLT deve ocorrer já na próxima terça-feira (10), tendo em vista que já foi publicado no Diário Oficial que circulou ontem o ato que informa o início da apuração das denúncias no Parlamento. Além de Janaina, já têm cadeira garantida no grupo os deputados Oscar Bezerra (PSB) e Pery Taborelli (PV). A tendência é que as outras duas vagas sejam preenchidas por deputados novatos.
Segundo Janaina, a CPI deve ter uma duração de 90 dias, metade do tempo máximo previsto no Regimento Interno da Assembleia para esse tipo de comissão. O argumento é o de que a apuração não tome tempo demais dos parlamentares para evitar atrasos nas outras demandas do Legislativo.