O procurador-geral da República, Antonio Fernando Barros e Silva de Souza remeteu despacho ao STF inocentando o senador Jaime Campos do envolvimento de seu nome no caso de tráfico de influência em demanda entre cartorários do município de Barra do Garças, na chamada “Operação Lacraia”.
Na ocasião, um telefonema entre duas funcionárias da repartição insinuando que o parlamentar poderia ter ajudado a uma das partes em litígio, motivou a abertura de uma investigação por parte da Justiça Federal de Mato Grosso.
Em seu parecer, a subprocuradora geral da República, Cláudia Sampaio Marques pede o arquivamento da denúncia contra o senador mato-grossense por não encontrar qualquer indício de sua participação no episódio. “Não houve nos autos elementos concretos que autorizem a existência de crime que possa ser atribuído ao senador Jaime Campos, o que impede a instauração de procedimento investigatório”, relata.
Barros também assina o documento remetido ao ministro Ricardo Lewandowiski afirmando não ter vislumbrado “fato delituoso que justifique a deflagração da atividade persecutória do Estado”. Por isso, “requer o Ministério Público Federal o arquivamento dos autos”. O documento é datado de 3 de agosto de 2007 e foi enviado pelo procurador-geral ao Senado Federal.
Ontem mesmo, Jaime Campos enviou carta aos seus colegas senadores lamentando que tenha se instalado no país uma indústria de denúncias. “O homem público tornou-se presa fácil deste ardil. Seus detratores primeiro atacam de forma voraz e canina, para só depois examinar qualquer indício de culpabilidade”, ponderou.