PUBLICIDADE

Jaime ataca INPE e quer suspender embargo no Estado

PUBLICIDADE

O senador Jaime Campos disse hoje, em discurso na tribuna do Senado, que após a divulgação do estudo da Secretaria Estadual de Meio Ambiente de Mato Grosso, confrontando os números do Inpe que serviram de base para a elaboração do decreto federal 6.321, que reduziu a zero a atividade extrativista no norte do Estado, “está moralmente sepultado”. Para ele, o Ministério do Meio Ambiente deve suspender os efeitos da medida enquanto não seja restabelecida a verdade. “Uma grande suspeita paira hoje sobre os números do Inpe, e eles não podem servir de pretexto para a estagnação de nossa economia”, reagiu, referindo-se ao embargo em áreas de 19 cidades mato-grossenses apontadas pelo Inpe entre os maiores devastadores.

Jaime também atacou a política fundiária do governo federal, que desapropria grandes áreas mas não oferece apoio técnico aos assentados. Ele responsabiliza diretamente o Incra por não oferecer condições adequadas para os pequenos produtores. Isso leva ao desmatamento desordenado e a queimadas irregulares de florestas. “Não quero responsabilizar os lavradores pelo caos, porque eles são vítimas da falta de planejamento do governo federal na ocupação das terras da União”.

Reconhecendo que a preservação é um tema importante, Jaime disse não ter dúvidas de que sua geração tem que conservar o bioma, sem degradar a dignidade humana daqueles que plantaram suas vidas na região amazônica. E foi mais enfático ao afirmar:
“Precisamos encontrar um ponto de equilíbrio e professar uma nova ideologia, aquela que contempla a convivência harmônica entre o homem e o meio ambiente.

O senador mato-grossense elogiou a última edição da revista Veja que, em reportagem de capa, denunciou que o desmate da Amazônia vem ocorrendo, sobretudo, pela ineficiência do governo que não fiscaliza a ação de grileiros que chegam a retirar 80% da madeira da região de forma criminosa. Segundo o periódico, as toras que são vendidas para o exterior, são legalizadas por meio de documentos forjados.

O parlamentar também voltou a criticar a operação “Arco de Fogo”, desencadeada pela Polícia Federal e pela Força Nacional de Segurança, que tem tratado empresários rurais como verdadeiros bandidos. “Até mesmo o Estado, que tanto necessita da produção do campo para manter estável a balança comercial da nação, agora começa a tratar os agricultores na ponta do coturno e na mira do fuzil”, estranhou.

Antes de concluir seu pronunciamento, o senador ainda leu o relatório da Sema que desmonta os argumentos do Inpe sobre o desmatamento na Amazônia. Segundo ele, o estudo articulado pelo órgão estadual apurou que 89,4% das informações do instituto estão incorretas. E foi mais além informando que dos 612 pontos levantados pelo Inpe em Mato Grosso, 59% são de desmatamentos antigos, 17% não têm indícios de desmate, em 12% deles ocorreram incêndio e em apenas 10% existe comprovação de derrubadas recentes.

“Ora, estas informações do órgão ambiental mato-grossense colocam por terra todas as argumentações que justificaram a implantação do decreto 6.231”, finalizou.
O raciocínio do senador Jaime Campos mereceu o elogio de seus colegas Mozarildo Cavalcanti (PTB/RR) e Mão Santa (PMDB/PI), que consideraram corajosa a postura do parlamentar democrata. “O Brasil precisa conhecer a realidade sobre as pessoas que vivem e sofrem na Amazônia”, resumiu Cavalcanti.

Leia mais
Ibama nega conflito com Blairo e defende dados do Inpe

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

Governador entrega creche e nova quadra em Mato Grosso

O governador Mauro Mendes assinou a ordem de serviço...

Mauro e Pivetta inauguram praça e autorizam asfaltamento de Nobres a Diamantino

O governador Mauro Mendes e a primeira-dama Virginia Mendes...
PUBLICIDADE