O deputado federal Eliene Lima (PSD) terá que passar por pelo menos mais 7 dias de tratamento para cuidar de uma inflamação na perna esquerda decorrente do tiro levado durante assalto. O parlamentar afirma, no entanto, que espera até o fim da próxima semana retornar ao Congresso Nacional. A expectativa era que ele tivesse alta ontem.
Eliene falou sobre a recuperação no Hospital Ortopédico, em Cuiabá, onde está internado desde o assalto ocorrido na quinta-feira (3). Uma conversa com os médicos na noite de ontem definiria se a próxima semana de tratamento será feita no próprio local ou em casa. "O importante é que, nesses próximos 7 ou 8 dias, eu continue tomando antiinflamatórios e faça a fisioterapia regularmente. Isso pode ser feito na minha residência ou de parentes ou aqui mesmo".
A expectativa do parlamentar era ter alta já na segunda-feira (7), mas a ideia foi suspensa por tempo indeterminado diante de um inchaço (edema) detectado no mesmo dia pela equipe médica. Isso se deve aos estilhaços da bala na perna. Mesmo diante da possibilidade de retornar a Brasília no fim da semana que vem, Eliene terá que ficar pelo menos por mais 40 dias com um imobilizador na perna, já que perdeu a rótula. Ele descarta pedir licença, pois retornou ao cargo há poucos dias depois de deixar a Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia (Secitec).
Diante da repercussão do episódio, o parlamentar comentou ontem as reações que partiram de vários segmentos da sociedade contra a falta de segurança. Ele foi citado como exemplo nessa terça-feira (8) pelo suplente de vereador em exercício Paulinho Brother (PDT) durante defesa da limitação de tráfego em ruas sem saída e vilas. "Vejo que há um recrudescimento das pessoas nos últimos anos. O consumo de drogas aumentou. Enfim, precisamos cuidar da conscientização das pessoas e também da impunidade".
Eliene é um antigo defensor da pena de morte, mas alegou que isso só deve ocorrer em casos que não pairam dúvidas sobre a autoria de crimes. Eliene levou 1 tiro quando passava pelo bairro Boa Esperança, um dos mais nobres da capital.