sexta-feira, 13/dezembro/2024
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Índios de Mato Grosso cobram de Funai demarcação de terras

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Uma comissão de 42 líderes indígenas de sete etnias de Mato Grosso se reúne na próxima quarta-feira, com o presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Márcio Meira, em Brasília. Eles representam os índios das etnias kayabi; miky e manoki; rikbatsa; irantxa; kawahiva; cinta-larga e enawene nawe que bloquearam na semana passada a ponte do rio Juruena, entre Juína e Brasnorte (Noroeste de Cuiabá), para protestar contra o Governo Federal.

O encontro em Brasília, que motivou a suspensão do bloqueio da ponte, foi marcado após a intervenção de uma comissão composta por representantes do Governo do Estado e da Funai de Cuiabá. Eles estiveram no local do protesto, no sábado, para negociar com líderes indígenas. Já havia uma determinação judicial para o desbloqueio da rodovia.

O bloqueio começou na madrugada de quinta-feira e terminou no sábado. Pelo menos seis cidades ficaram praticamente isoladas neste período. O acesso aos municípios de Juína, Castanheira, Juruena, Colniza, Cotriguaçu e Rondolândia só estava sendo possível por estradas secundárias. O acesso principal, pela MT – 170 estava bloqueado.

Os índios querem a demarcação de territórios, aplicação de recursos em áreas indígenas e realização de estudos de impacto ambiental referente a rodovias que passam por reservas. Os índios também pedem que seja proibida a implantação de 11 pequenas hidrelétricas no Alto Juruena, chamadas de PCH.

Pelo Governo do Estado fizeram parte da negociação em Juína, os secretários João Malheiros (Casa Civil), Luís Henrique Daldegan (Meio Ambiente), coronel PM Orestes de Oliveira (Casa Militar), e o superintendente dos Assuntos indígenas, Rômulo Vandoni. Da Funai, foi o administrador regional da Funai em Cuiabá, Edmilson Franco.

Para o secretário-chefe da Casa Civil, João Malheiros, a comissão cumpriu sua função e conseguiu solucionar de forma pacífica e respeitosa. Ele destacou que as reivindicações dos povos indígenas são antigas. “Os índios renovam a demanda de muitos anos pela criação de um grupo de trabalho da Funai, para periciar a região da micro-bacia do rio Preto e confirmar ou refutar sua caracterização como Terra Indígena. Essa reivindicação já está colocada há pelo menos dez anos para o órgão federal e nenhuma ação efetiva foi tomada”, comentou Malheiros.

O secretário informou ainda que há pelo menos um mês os líderes indígenas enviaram uma carta para a presidência da Funai falando sobre as pendências fundiárias e nenhuma resposta foi dada.

Segundo Rômulo Vandoni, superintendente dos Assuntos Indígenas, o Governo do Estado intermediou a negociação com os índios, apesar das reivindicações serem da esfera federal pelo relacionamento de confiança com os povos indígenas. “Fomos ao local e buscamos solucionar pacificamente a questão principalmente pela confiança que eles depositavam no governo estadual”, afirmou Vandoni.

Uma comissão do Governo do Estado vai acompanhar a reunião em Brasília.

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